Apesar da vontade, nunca tive a coragem de ir sozinha. Foi então na companhia de uma das minhas amigas mais queridas, um misto da meteorologia, o trilho de turistas a indicar que caminho seguir que lá meti os pés. Aquela frescura que só os amantes da natureza sabem interpretar, as cores espalhadas pelos edifícios, estradas, a longas distâncias na paisagem…
Sintra passou a simbolizar não só um cenário perfeito para ocorrências misteriosas, como uma cápsula mágica em que todos os problemas se derretem a cada passada naquelas ruas estreitas, inclinadas e de valas capazes de nos torcer o pé se não prestarmos atenção.
Falo por mim quando digo que estar no meio da natureza é terapêutico. Pode parecer contraproducente, uma vez que a ansiedade atua perante cenários que não pode controlar. Contudo, estar longe dos estímulos urbanos e cada vez mais perto da minha índole, num lugar em que posso escutar os meus pensamentos, é uma das experiências que esta cidade proporcionou.
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