Pelo modo como o ano começou, não esperava terminá-lo com uma lista grande de séries vistas. 2022 surpreendeu-me, de igual modo, neste aspeto. Muito deve-se ao tempo que era escasso, aliado ao facto de só ter voltado a ter acesso à Netflix a partir de junho. Desde então, não deixei escapar algumas produções, independentemente da sua popularidade. Esta lista não foi organizada por ordem de preferência
Vamos começar com Alice in Borderland por tê-la terminado ontem.
Então, a memória ainda está fresca. Comecei a vê-la há umas semanas, se não meses. De modo aleatório, pus-me a explorar esta narrativa confusa, que acompanha personagens que, sem saberem a razão, têm de participar em jogos cuja dificuldade se vai alternando consoante a vontade de quem os criou. Muito semelhante a outras tramas, certo? Só que aqui, não há forma de conhecer os porquês sem assistirmos até ao último episódio.
Confesso que a meio da primeira temporada, abandonei-a. Só que após ficar a saber de uma segunda temporada, senti-me impelida a terminá-la. E não é que me surpreendi? Engraçado como grande parte das produções da Netflix ganha uma qualidade absurda na segunda temporada. Apesar de os jogos se terem tornado mais agressivos, a tensão gerada intensificou a curiosidade quanto àquela realidade paralela.
Alice in Borderland apoia-se em detalhes importantes que, no último episódio, transformam-se em perfeitas analogias do que verdadeiramente aconteceu antes do primeiro desafio. Como seria de esperar, ela também apresenta cenas que não me caíram totalmente bem, apesar de não lhe retirar o brilho. O que reina agora é: haverá uma terceira temporada? Mais importante ainda: se houver, será que os criadores conseguirão manter a qualidade?!
Seguimos para uma série de que eu não estava nada à espera.
Falo de Wednesday, a filha mais velha da família Addams. Do que me recordo, foi a minha primeira entrada no seu universo, portanto tinha algum receio de não pescar grande coisa da série. Contudo, facilmente mergulhei nas suas aventuras. Não me vou alongar muito aqui, uma vez que já escrevi sobre o assunto no blogue. Dá uma olhadela neste artigo!
Consumir conteúdo oriental já me é familiar, como podes imaginar pela quantidade de mangás que leio.
No entanto, nem desconfiava de que pudesse vir a apreciar tanto k-dramas! Como já analisei em artigos passados, este género debate-se com um tema essencial da cultura geral: a diferença de classes que, por consequência, expõe como é que nos relacionamos com o dinheiro. Assim sendo, a minha menção honrosa vai para mine, uma série da qual também já falei, que me deixou de queixo caído e me elevou as exigências quanto ao desenvolvimento de uma história.
Ainda não me dediquei a um artigo sobre esta série…mas Pôr-do-sol ganhou o meu coração….
…e as minhas gargalhadas. Não sou de novelas portuguesas. Aliás, fujo a sete pés porque além de não lhes achar piada, os temas são sempre os mesmos. Para isso, prefiro novelas brasileiras. Todavia, tomei conhecimento desta comédia porque conheci a atriz que dá vida à veterinária Constança, a Mariana Almeida Fernandes, tal como a sua irmã que, curiosamente, também se chama Constança! (a piada, mesmo que não planeada, começa aqui).
Dispensei o meu verão a trabalhar na zona onde elas moram, portanto cruzámo-nos bastante. Quando soube que a Mariana é atriz, não hesitei em querer saber do seu percurso. Foi, nesse contexto, que ela me convidou a explorar Pôr-do-sol. Não me atirei logo de cabeça. Aos poucos, fui explorando esta sátira, confirmando que nada tinha a ver com o que normalmente vemos na televisão portuguesa.
Apesar de não ter feito binging, a existência de uma 2ª temporada deu-me o gás de que precisava. Daí ainda não ter escrito sobre ela. Mas a menção demonstra o quão agradável foi rir-me com ela, detectar o que realmente é recorrente e cliché nas novelas, lembrando-me da construção do universo de Shrek. Simplesmente lindo!
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