BOOK REVIEW \ “AND THEN THERE WERE NONE”, AGATHA CHRISTIE

Passei um verão inteiro sem ler. Entre viagens, atividades, cansaço e pouca vontade, só em setembro é que voltei a ligar o motor e, até ao momento, já li dois ou três livros. Este é um deles. Encomendei-o no ano passado por ter ouvido falar muito bem dele, no entanto, só me vi para aí virada neste mês. Inicialmente, e como tenho vindo a captar em todos os livros da Agatha que eu já li, a urgência da trama para se fazer acontecer é muito baixa, sendo estes momentos dedicados à apresentação das personagens, às suas índoles e tanto mais e, quando elas se cruzam, é que a história começa a assumir uma prestação fenomenal e de tirar o fôlego. Começou por me acontecer isto com “O assassinato de Roger Acroyd”, passando para “O crime no expresso do Oriente” e, com “And then there were none”, não poderia ter sido diferente. Aliás, destes três mencionados, este é capaz de ser o meu favorito.
Dez estranhos são convidados para passarem uma temporada numa ilha deserta, porém, que abriga uma mansão bastante moderna e onde eles ficarão alojados. Sabe-se que essa mesma ilha foi comprada por uma pessoa bastante rica que se dá pelo nome de U. N. Owen e que também é conhecida por dar imensas festas luxuosas por lá. Nenhuma destas dez pessoas se conhece – como é de se esperar -, e tudo parece estar bastante bem até ao momento em que um gramofone despeja crimes que os convidados poderão ter cometido, gerando um fluxo de desconfianças, indignações e desconforto no ambiente em que inserem. A partir do momento em que o tumulto se estabelece, uma morte inesperada acontece, abrindo portas para tantas mais. Quando damos por nós, já não há mais nada a fazer. 
Para que conste, isto não é nenhum spoiler e podem confirmá-lo ao lerem a contracapa do livro. O que nos chama particular atenção, convidando-nos a entrar nesta obra, é o desenrolar da história e os enlaces que a autora vai produzindo, até ao momento em que nos convence definitivamente a não largar o livro. Para além de se tratar de uma narrativa bastante fluída, o que contribuí imenso para o nosso entusiasmo, é o facto de a revelação e as desconfianças acerca do assassino serem abismais, tratando-se de um argumento válido que nos promete tanto mais do que um simples livro policial.
No último dia com o seu contacto, recordo-me de ter permanecido queda na cadeira da cozinha, enquanto processava as últimas informações que o meu cérebro havia retido, de maneira a compreender a genialidade de Agatha Christie. Não sei como é que ela o faz, mas esta mulher tem um talento indescritível e uma forma de tratamento para com as suas histórias que literalmente nos puxa o tapete dos pés! Se nunca a leram e querem começar por algum lugar, aconselho bastante a leitura de “And then there were none”, mesmo que na língua original, pois, trata-se de um inglês simples, limpo e acessível! Prometo-vos de que experimentarão sensações de outro mundo!
Conheciam este ou algum dos livros citados? Mais algum que recomendem? ♥

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥

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