Adaptada do conto de Stephen King, “The Mist” revela-se uma série que mescla um ambiente místico e fantasioso aos dramas da população-alvo da cidade em ataque. Tal como a tradução indica, trata-se uma grande névoa que surge não se sabe bem de onde, e que se estende por um determinado perímetro, atacando todos aqueles que decidirem fazer parte dela. Somente no interior de espaços fechados é que se está a salvo, isto quando não existem buracos por onde a névoa poderá penetrar. Todas as pessoas que forem atacadas pelo the mist, estão sujeitas a sofrerem horrores e é exatamente aqui que reside o mistério: mas afinal, que tipo de névoa é e como é que impacta as suas vítimas?
Num puro ato de serenidade, comecei a ver esta série durante a tarde, tendo apenas dormido quando a terminei. Foram episódios cativantes e apelativos, na medida de terem sido capazes de me convencer logo à primeira. Ser curiosa também ajudou e a única coisa que me desiludiu foi ter ficado a saber que “The Mist” não terá uma continuação. Dessa forma, é normal que, terminando a primeira temporada, nos sintamos abandonados no meio da estrada, carecendo de um tecido que nos proteja dos agentes atmosféricos em volta. Desconheço do porquê de não terem investido numa segunda temporada – e eis uma questão que se resolve com uma rápida pesquisa -, mas continuo a acreditar de que tal possa ter o potencial de esclarecer muitas das dúvidas que vamos apontando mentalmente, à medida que a história se vai desenrolando.
Penso que os créditos devam cair, na sua maioria, sobre a cabeça de King. Ainda estou a anos-luz de terminar um dos seus livros a que me propus, contudo, sou testemunha das muitas boas críticas tecidas a seu favor, defendendo a sua capacidade genial de criticar a sociedade, construindo tramas e personalidades aterradoras, daí me ter deixado impressionar pelo amadurecimento da podridão de cada uma das personagens de “The Mist”. As circunstâncias que apelam a determinadas atitudes são de nos deixar de queixo caído, visto que não é apenas no ecrã que as coisas se sucedem daquela maneira. A humanidade é pautada por todo o tipo de personalidades e há que ter em atenção para a existência de muitas delas na nossa vida, como forma de nos protegermos de certos ataques egoístas e sem sentido. “The Mist” é uma boa série para passar o tempo, apesar da inexistente continuação.
2 Comments
Sofia Ferreira
30 de Janeiro, 2018 at 17:29Não conhecia a série, mas pareceu-me super interessante pela tua descrição. Desconfio que deverão ter cancelado por "baixas" audiências ( e digo baixas, porque nunca incluem o público internacional que se calhar dá muito mais visualizações)
IMPERIUM
31 de Janeiro, 2018 at 17:36É provável que tenha sido isso, sim… O que é uma pena, mas enfim! ?