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Dieta Paleo e o que tenho a relatar acerca disso

31 de Janeiro, 2018
Memorizem estes dígitos: 95,6. Já está? Ótimo!


Estava a 3 de Março de 2017. Recordo-me de que era mais uma sexta-feira do segundo semestre e que por volta das nove e pouco da manhã deveria estar na faculdade, para ter Geometria. A primeira coisa que fiz depois de desligar o despertador foi mergulhar em pesquisas acerca da alimentação. Desde os doze que ganhei esse hábito, pois, foi a partir daí que eu tive de confrontar o estado da minha saúde e do meu aspeto físico. Não passava de mais uma pesquisa, para vos ser muito sincera. Após visitar duas ou três nutricionistas, apostar em não sei quantas dietas, tomar remédios por recomendação de um dos profissionais, perder peso e voltar a ganhá-lo, praticar desporto por quase dez anos e, ainda assim, chegar a um ponto de saturação, eu já não esperava por mais nada se não um outro falhanço.

Naquele dia em específico, decidi perscrutar por um estilo de vida denominado de “Paleo”. Li artigos, vi vídeos de médicos especializados nesse tipo de assunto, tirei os meus apontamentos, visualizei os progressos nas vidas de pessoas que assumiram esse estilo de vida e deixei-me inspirar. No dia seguinte, 4 de Março de 2017, decidi mudar de vez! Foi a primeira vez, em seis anos, em que eu me atirei de cabeça a um estilo de vida completamente novo, “sozinha” e de cabeça erguida. Toda a minha alimentação mudou radicalmente e, após perder entre 0,500gr e 1kg por semana, explodi como nunca antes, resultado de uma genuína alegria e orgulho: pela primeira vez, estava a resultar porque o meu psicológico estava decidido a contribuir para que tal acontecesse!

Mais do que pudesse esperar, lancei-me ao desafio de nunca tornar os meus dias monótonos, substituindo alimentos de forma a nunca mais voltar aos velhos e maus hábitos. Após uns meses de mudança, cheguei a descobrir de que muita da minha indisposição física e emocional provinha da ingestão de certos alimentos, os quais tento evitar, até hoje. Ainda estou para pedir exames médicos de forma a confirmar as minhas desconfianças, mas por ora, confiarei no meu corpo e nos avisos que ele me dá, pois, trata-se de um exercício que mais ninguém poderá fazer por mim. Digo isto não para incentivar o desprezo pela ajuda que os profissionais nos poderão dar – nunca, jamais poderia fazer isso!! -, mas sim para alertar e mostrar de que é possível as mudanças surgirem de dentro de nós.

fotografia por Beatriz Cruz

A quantas e quantas consultas é que eu já não fui e, ainda assim, chorava todas as semanas por não ver resultados decentes? A culpa não era só do profissional, mas também minha, porque eu não me encontrava apta para permitir que as mudanças fossem feitas. Foi necessário eu chegar ao fundo do poço para sentir o calor da necessidade de fazer e ver as coisas de uma outra perspectiva. Descobri, ao longo destes dias, que parte do nosso emagrecimento provém das mudanças alimentares que fazemos. Sempre ouvi tal coisa, mas nunca acreditei porque nunca fui vítima dessa circunstância, até ao dia 4 de Março de 2017… Em meados de Julho/Agosto do mesmo ano, voltei à prática de exercício: comecei-me pelas caminhadas matinais, pelo que após isso, explorei um pouco do yoga e, depois de uns dias, evoluí para algo mais pesado: a prática da calistenia, com o apoio de uma aplicação de tem resultado imenso para mim: o 8Fit.
Reconheço que muitas pessoas encararão esta publicação com muitas dúvidas, porém, não vejo razões para estar aqui a mentir. Cada um de nós deve adotar um estilo de vida saudável e que se adeque às nossas crenças, de maneira a tornar tudo mais fácil. Para terem noção do quão mudada eu estou, no Natal e Ano Novo do ano passado, eu decidi abandonar a preguiça e treinar, como se se tratassem de dias normais. Eu nunca tinha feito isso e terminei os meus treinos com a super sensação de missão cumprida! Quando digo que eu já fiz de TUDO para emagrecer, com a idade que tenho, não estou a mentir. Só nunca cheguei ao ponto de convidar o vómito, pois, felizmente, o meu psicológico nunca me permitiu fazê-lo. 
Tendo em conta de que existem mil e um estudos acerca de mil e uma coisas, é natural que nos sintamos desorientados a optar pelo melhor, contudo, basta que saibamos quais os nossos objetivos e que caminhos estamos dispostas a tomar, para nos atirarmos de cabeça. Sei que um estilo de vida Paleo implica que eu me mexa bastante, de modo a queimar as calorias que consumo, e é exatamente isso o que eu faço. Passei de treinos de 1h, duas vezes por semana, para treinos diários até 15 minutos, e nunca antes me haveria sentido a rainha do exercício físico e das boas escolhas para mim. Já mencionei que já pratiquei imenso desporto. Na altura, funcionavam, mas sinto que agora funciona ainda melhor! É tudo uma questão de prioridades, mentalidade, esforço e dedicação.
Ainda se recordam dos dígitos iniciais? Pois, agora fiquem com estes: 91,8. Hoje, dez meses e dezassete dias depois, tenho menos 3,8kg em cima e dentro de mim. Poderia já me ter desfeito de muito mais, mas a vida é longa e não há pressas! E é por estas e por outras que continuarei a ser feliz a comer da forma que eu decidi, naquela sexta-feira de chuva, quando eu só sorria quando tinha de ser! Há ainda muito para dizer, para partilhar, para relatar, mas não queria deixar passar a oportunidade de vos introduzir ao que ando a preparar para vos trazer. Se me permitirem, caminharemos juntos até a uma certeza e, quando eu alcançar o primeiro ano de mudanças, espero ter ainda mais para acrescentar!

Também andam numa de mudanças de estilo de vida? Como tem sido a vossa experiência?
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    Joaninha
    31 de Janeiro, 2018 at 16:22

    As mudanças ocorrem quando as deixamos entrar na nossa vida, principalmente, nesta área. O psicológico tem um peso gigante. Por isso, fico genuinamente feliz por perceber que te estás a deixar levar pela saúde e que estás a ser mesmo bem sucedida. 3,8kg em 10meses é saudável e incrível, uma vez que o estás a fazer sem orientação externa. Falaste de uma forma tão leviana sobre isto que é impossível ficar indiferente à tua publicação e aos teus ganhos, especialmente, interiores.

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    IMPERIUM
    31 de Janeiro, 2018 at 17:39

    Juuuuu, sua linda! ? Bem sabes as dificuldades que enfrentei inicialmente, e nem sabes a felicidade que me preenche ao ver que tens sempre coisas belas para me dizer, no que ao assunto diz respeito. Muito obrigada, de verdade! No que depender de mim, estarei por aqui para te ir atualizando, sempre! :*

  • Reply
    Daniela
    3 de Fevereiro, 2018 at 14:25

    Muitos parabéns pela mudança! Concordo plenamente contigo, devemos sempre ter a ajuda de profissionais mais sobretudo devemos ser capazes de ouvir o nosso corpo e perceber o que é melhor para ele. Beijinhos ?

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    S.
    4 de Fevereiro, 2018 at 16:42

    Lyne, não nos conhecemos mas eu gostava de te dar um conselho, perdoa-me a presunção: esar das tuas más experiências, uma das melhores coisas que podes fazer por ti neste momento é consultar um nutricionista. A nutrição é uma área como outra qualquer, e tem bons profissionais e péssimos profissionais; se quiseres posso dar-te o contacto da minha nutricionista, que me foi recomendada e com quem estou a ter resultados incríveis (e estive na primeira consulta há menos de um mês…!). A internet tem muita informação mas essa informação muitas vezes tem muitas falhas, e eu, tu ou o comum mortal simplesmente não temos conhecimento suficiente para perceber o que faz sentido ou não; um nutricionista sim, tem (ou deve ter) esse conhecimento e ser capaz de avaliar a melhor forma de nos levar aos nossos objectivos (sejam eles quais forem e tendo obviamente em conta a nossa individualidade). A sério, desculpa o comentário longuíssimo mas consultar uma nutricionista está a ter um grande, grande impacto na minha vida — eu achava que comia bem e estava a cometer tantos erros! (E em particular estava a comer muito!) Maus profissionais há em todo o lado, não deixes que isso te afaste de uma pessoa que pode ensinar-te muito sobre viver melhor. Um beijinho.

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    IMPERIUM
    4 de Fevereiro, 2018 at 17:13

    Agradeço a tua preocupação, mas tu e muitos leitores, provavelmente, presumem de que eu só obtenho informações a partir da internet… Talvez o erro tenha sido da minha maneira de expressar, mas acontece que eu não me fico só pelas informações que a internet me dá. Cada caso é um caso, e mesmo que eu não tenha a formação que os nutricionistas têm, também não acho que seja muito difícil estudar acerca de alimentos, por vontade própria. E foi o que decidi fazer. Claro que não se compara, mas eu pego nas ementas que já me forneceram na altura em que era acompanhada, nas dicas que nutricionistas me davam e tento aplicar segundo as minhas necessidades atuais. Para além de me informar com pessoas, livros, ver documentários, ler artigos, fazer os meus apontamentos, sinceramente não preciso de investir num nutricionista, por agora. Quando afirmei de que comecei isto sozinha, quis dizer de que foi a primeira vez em que não tive pessoas a dizerem-me o que deveria fazer, e porque o deveria fazer.Se eu escrevi este texto foi porque arrecadei experiência o suficiente para poder comparar e chegar a uma conclusão, nada mais.Uma vez mais, agradeço a preocupação, mas não acho necessária a troca de contactos. Desejo-te a maior sorte do mundo e que resulte para ti com acompanhamento, como tem resultado para mim com o apoio de outras pessoas.Beijinhos.

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    S.
    4 de Fevereiro, 2018 at 21:22

    Parece, pela tua resposta, que estás a subestimar a complexidade do assunto, mas é claro que se trata de uma decisão exclusivamente tua. Decidi comentar porque, como disse, eu também achava que era uma pessoa informada e ver alguém teve um grande impacto, mas cada caso é um caso. Para terminar, vou só deixar este link: https://www.scimed.pt/geral/dieta-paleo-a-nostalgia-pelo-homem-da-caverna/

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    IMPERIUM
    4 de Fevereiro, 2018 at 23:40

    Apesar de tudo, continuo a agradecer pela preocupação. E eu não estou a subestimar nada, e lamento que seja essa a imagem que esteja a passar… Para começar, eu nem sequer sigo a Paleo na íntegra, simplesmente me inspiro na ideologia para criar as minhas ementas, trocando e substituindo alimentos que me fazem realmente mal e que eu não devo consumir. Esta publicação foi muito vaga e, posteriormente, pretendo falar mais sobre o assunto, explicando onde, quando e quais as mudanças que senti ao ter-me identificado com a base de todo esse estilo de vida. E eu não me lancei a isto com duas ou três pesquisas, eu andei a informar-me com todo o tipo de fontes que possas imaginar, sejam blogues como o que me enviaste agora, como tantos outros. Cada um tem a sua maneira de estudar os assuntos e garanto-te de que eu não falo e faço as coisas quando não tenho a certeza do que ando a fazer. E eu reconheço que tenho de ir ao médico para fazer exames e verificar certos aspetos na minha saúde, porque realmente, eu tenho sentido melhorias desde que decidi mudar o meu estilo de vida. Porque mesmo que eu queira voltar a um nutricionista, de momento não tenho como o fazer, mas felizmente, tenho outras pessoas que me conseguem ajudar.. E eu nem sequer me estou a justificar e nem tão pouco fiquei ressentida com os profissionais que me atenderam, na altura, porque eu fui realmente capaz de perder peso quando os consultei, apesar dos métodos a que me submeteram… E esta conversa de estilos de vida, formas de comer, etc., tem muito que se lhe diga, porque cada pessoa é uma pessoa e nem toda a gente lida de igual forma aos mesmos estímulos. De qualquer das maneiras, tenciono falar ainda mais do assunto e, se continuares por aqui, fica à vontade para expores a tua opinião, pois, gosto de refeltir sobre qualquer tipo de assunto, mesmo quando as pessoas discordam – de maneira educada, como temos vindo a fazer! ^-^ Agradeço-te mesmo muito por teres comentado aquilo que achas! De verdade!

O que pensas sobre o assunto? Gostaria de ler a tua opinião! ♥