Há coisa de dois anos, tive uma febre: apetecia-me ver tudo quanto era animes – no bom português, animações japonesas -, o que me levou a explorar um bocado deste mundo, sem nunca me tornar numa viciada completa. Tanto que, nos dias de hoje, raramente coloco os olhos em cima de um anime, ou mesmo filme da mesma área. Na altura, a série que mais me fascinou foi Death Note, que nos traz uma história policial, pincelada de mistério, fantasia e muitas passagens sinistras, por assim dizer. Deliciei-me com as duas temporadas existentes, devorei-as em menos de uma semana, só que sentia que algo faltava, sem nunca desconfiar do que se tratava.
Uns meses se passaram, quando numa visita a uma amiga, deparei-me com os livros que inspiraram a adaptação, o que logo me fez cogitar: e se, conhecendo a linhagem que as adaptações tomam, eu explorasse Death Note na íntegra, com direito a informações “exclusivas”, ou que pelo menos assim o parecessem? E foi em Janeiro deste ano que me lancei à aventura: foram-me emprestados os doze volumes, com mais uns bónus incluídos, e só muito recentemente, em princípios de Agosto, é que dei esta viagem por terminada. O que tenho a dizer é muito simples: a série não foge muito à história original, embora oculte coisas daqui e dali, como forma de não se estenderem demasiado. Contudo, foi muito mais prazeroso ler e dar vida às personagens na minha cabeça, simplesmente pelo facto de ter tido a oportunidade de carregar com elas por muito mais tempo, descascando-lhes a personalidade, como se de uma banana se tratasse.
Se se questionam se vale a pena ler os livros, mesmo depois de terem visto o anime, a minha resposta joga a favor do afirmativo. E a regra geral passa sempre por ser esta: ler as obras literárias, mesmo depois de exploradas as adaptações. Há umas quantas leituras que podem ser evitadas, afinal, acabamos por nos desiludir por vezes, porventura, é um investimento que vale sempre a pena, para mais que temos a oportunidade de mergulharmos até ao fundo da questão!
Death Note é para quem se atreve a passar horas sem largar os livros – embora tenha levado meses! -, imersos na curiosidade de desvendarem um mistério que, a olhos vistos, a resposta é-nos dada logo na mão, mas que dentro da trama, deixa a desejar. Pode até não ser o melhor de todos, mas se há coisa que a literatura tem de melhor – seja ela oriunda do ocidente, oriente, etc. -, é o facto de nos ensinar, entreter e nos tornar em pessoas melhores. Posso não me ter tornado numa serial killer, mas foi interessante poder estar quase na mente de um!
Já conheciam Death Note? O que têm a dizer?
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