Tal como da primeira vez. 2010 foi o ano quando tudo aconteceu. Estava um filme em cartaz que tanto a minha mãe quanto eu queríamos ver e, como prenda de aniversário, comprou-se o bilhete para ambas. Recordo-me de que saí do cinema com os olhos a brilhar de tão encantada, não fosse pelo filme me ter tocado de maneira tão prazerosa. Dias depois, agora na companhia das minhas tias e da minha avó, regressei ao cinema, sempre com a mesma animação e saí de lá como se tivesse sido o meu primeiro contacto com o Príncipe da Pérsia. Anos têm vindo a passar, a sua presença faz-se notar nos canais de filmes, e é sempre com grande gosto que o revejo, daí não me ter sido muito difícil escolher a vítima do mês para o projeto #RWSP17. O Príncipe da Pérsia trata de assuntos místicos, de viagens no tempo, do poder do amor e da família, de uma princesa que não é assim tão delicada e indefesa quanto parece, e de um sem-abrigo que se tornou no príncipe de um reino muito próspero, a Pérsia; assim como das consequências dos nossos atos e das oportunidades que dispomos para nos redimirmos.
Mesmo tendo passado sete anos desde o primeiro momento, e mesmo após as revisões que já foram muitas, esta obra cinematográfica tem e sempre terá detalhes que me encantam. Desde os cenários, aos personagens, e até mesmo aos efeitos que, comparados com tantos outros, poderiam sofrer algumas melhorias no presente, conferindo ao resultado um outro brilho. Contudo, para o objetivo em questão, e mesmo com tantas outras falhas técnicas, como por exemplo o argumento que poderia ser menos corrido, um pouco mais explicativo e um tanto menos previsível em certas ocasiões, há que admitir o quão cativante são as cenas de luta, das viragens do tempo, ou mesmo da atmosfera misteriosa que nos faz desconfiar de uns personagens e dar o benefício da dúvida a outras. Esta foi a produção que me fez apaixonar pela prestação de Jake Gyllenhaal, um dos meus atores favoritos desde então, e que em conjunto com a velha fasquia de Spider-Man, me convenceram acerca de produções que representassem o mundo histórico, fantástico, místico e de ação. Posso ser mais de séries, mas é exatamente por obras destas que vale sempre e pena dedicarmos o nosso tempo e paciência a um momento de descontração. Esta deve ter sido a minha trigésima revisão d’O Príncipe da Pérsia, e tudo isto indica o quanto eu vos aconselho!
Esta publicação insere-se no projeto Re-Watching Season Project. Se quiseres saberes o que andam a Sofia e o Jota a rever, clica nos nomes respetivos.
No Comments