SIIIIM!!! Vou já começar com as publicações relacionadas com 2016! Se estarei a ser precipitada? Não sei, mas o meu espírito está completamente virado para escrever e, como tal, vou respeitar essa sua vontade e dar início com algo que, me conhecendo como conheço, não terá assim tanto impacto para o resto deste Dezembro. Estou para aqui a ler o blogue, de modo a reunir informação que me servirá para o futuro, e mesmo ainda estando em Maio, a minha evolução é incrível. Existem ideias com as quais me identifico definitivamente, mas outras que eu mudaria nos tempos de hoje. E tem sido mesmo fantástico ler-me como se não tivesse sido eu a escrever os textos, e é sem dúvida uma experiência que recomendo para todos os bloggers existentes pelo mundo fora. Contudo, esta minha publicação é sobre outra coisa. Tendo em conta que o mundo artístico é demasiado vasto, e algo que faz parte da minha vida, decidi que seria bastante bom dedicar um tempo a preparar um texto onde pudesse partilhar convosco 16 momentos do mundo artístico em 2016, subdividindo-as em quatro partes, cada uma dessas partes com quatro itens de quatro áreas completamente diferentes, dando um total de dezasseis itens. Deu para perceber as contitas? É verdade que muito mais se passou, mas é exatamente para isso que servem as retrospetivas: para nos ajudarem a visualizar melhor aquilo que nos marcou a sério ao longo de um tempo. Vamos lá?
Comecemos pelos filmes, aqueles aos quais fiz a promessa de que lhes veria 50, e cuja promessa foi cumprida e ultrapassada! No início de 2016, ou perto disso, comprometi-me a assistir a 50 filmes, de qualquer género e duração, e embora tenham existido alturas em que duvidei que tal pudesse acontecer, eis que a vida me mostrou que seria sim possível contornar a situação. E ter onde comentá-los foi o que me inspirou ainda mais para tal. Devem ter reparado que grande parte das publicações de 2016 centraram-se na crítica de produções cinematográficas, principalmente daquelas que ou me tocavam a sério, ou mereciam mesmo ser compartilhadas. Dos 54 filmes vistos, estou bem capaz de vos enumerar apenas 4 que tenham feito o meu coração derreter. Se, entretanto, eu chegar a assistir a mais uns quantos filmes que me deixem boquiaberta até ao final do ano, terei o cuidado de lhes dedicar outro tipo de publicação!
E o que é que a maior parte destes filmes têm em comum, conseguem adivinhar? Sei que não cheguei a fazer uma crítica do The Danish Girl, mas lembro-me de ter sido dos primeiros filmes em que investi assim que o ano começou. Movida pelas críticas positivas que andava a ler, achei mais que justo construir a minha própria opinião acerca desta produção, e até hoje não me arrependo nada! Recordo-me também que a meio do mesmo, uma vontade incontrolável de desenhar a carvão apoderou-se de mim, passando eu a ter a companhia da prancheta, do carvão e dos restantes minutos que me faltavam ver. O Eddie Redmayne é um ator excepcional, que tem a capacidade de vestir qualquer personagem e adaptar-se na perfeição, daí este filme me ter conquistado, não só pelo cenário, mas também pela representação deste artista que é o Eddie. Já que falamos dele, passemos então ao The Theory of Everything, esse sim que teve direito a uma opinião aqui no blogue, e que tal como eu disse, me marcou por passar uma mensagem de superação que poucos conseguem compreender. A vida não é feita apenas de obstáculos, aliás, saber ultrapassá-los é que tem a sua piada. Uma vez mais, e sem querer tirar o mérito do restante elenco, Redmayne representou de forma exímia, sempre com aquela personalidade que conquista qualquer um e que, como não poderia deixar de ser, lhe rende prémios muito bem merecidos. Por último, e prometo mesmo que é o último filme que inclui o Eddie, temos o Fantastic Beasts and Where To Find Them, o mais recente que vi, a minha mais recente paixão, aquele que tanto aguardei com o entusiasmo guardado e disfarçado, acompanhada do entusiasmo dos restantes Potterheads pelo mundo fora. Para além daquilo que já disse, penso que não necessito de acrescentar mais nada, pois não?
Agora sim, saindo do mundo Redmayne, falemos de Room, um filme que levei algum tempo até o ver, e que depois de começado, levou-me dois dias. Sim, dois dias até conseguir terminá-lo, e tudo porque no dia em que o comecei, senti uma necessidade louca de sair de casa, apanhar ar e valorizar o meio que me rodeia e o mundo que me abriga. Por muito injusto que ele por vezes seja, ele não deixa de ser a nossa casa, o nosso professor, o nosso reflexo ao longo de uma vida. Tal como deve ter acontecido com muitos, esta obra cinematográfica tocou-me exatamente por transmitir uma outra ideia de superação, de auto-conhecimento, de valorização dos nossos e de nós mesmos. É uma bonita história de amor que nos faz arrastar pelo chão, de lágrimas nos olhos, pelo seu significado. Se ainda não o viram, tentem não terminar o ano sem o fazer!
2016 foi o ano da música, sem dúvida! Este deve ter sido o ano em que mais músicos conheci, que mais zonas de conforto ultrapassei, que mais bons momentos passei na companhia dos fones. De há dois anos para cá, quando ainda andava no hip hop, o normal era eu conhecer novos estilos, artistas e tentar adaptar-me, visto que teria de os dançar, mas este ano foi demais! Para além de me ter afeiçoado de forma absurda a Kendrick Lamar, Childish Gambino é também um dos músicos que me faz as maravilhas quando me permito escutá-lo! Destes dois artistas, posso dizer-vos que as músicas que mais me seduzem são basicamente todas, tanto dum como de outro. A sério, é mesmo impossível querer enumerar canção a canção e tentar explicar um sentimento que existe em relação a tudo o que eles criam. Tornei-me numa rap addicted sem me ter apercebido, e tem sido mesmo muito bom!
Passando agora para outros estilos, assim mais tchan!, a banda que mais me encantou, que mais me fez viajar, que me provou que gostar de estilos completamente divergentes dos meus mais conhecidos é a coisa mais super de sempre foi Tame Impala, os rockeiros do psicadélico que tornaram o meu 2016 mais leve, criativo e fantástico! Já relatei a minha descoberta aqui no blogue, e desde então que a minha opinião permanece, talvez um pouco mais elevada em relação a como tudo começou. Jazz… Quem é que não gosta de jazz, meus amigos? Jazz é um estilo tão fantástico, tão bom, tão tudo! Desde as aulas de Desenho do 12º que me tenho tornado numa autêntica fã deste estilo, nunca perdendo a oportunidade de o explorar pelo Spotify, sempre que posso! Até agora, ainda não tenho um artista a quem possa tratar de forma exclusiva, mas Miles Davis que me permita mencioná-lo por aqui, como sendo um dos que mais companhia me fez nos últimos tempos. Até fiz o favor a mim mesma de me fazer acompanhar de uma compilação de 1h de um dos seus álbuns, vejam só! A sério, convido-vos mesmo a escutarem uma música que seja deste género, nem que seja para experimentar. Garanto-vos que serão pessoas mais felizes!
Agora o separador mais belo e que me fez refletir mesmo muito bem na forma como eu haveria de organizar esta primeira publicação do RETRO’16. Tendo em conta que até agora já li cerca de 18 livros, e enumerar 16 para cada mês seria impensável, destacar apenas quatro me pareceu mais prudente. Já todos devem saber que adoro ler, aquela experiência de pegar num livro, cheirá-lo (sim, eu faço isto!), folheá-lo e viajar por ele é só a melhor sensação de sempre! E embora tenha lido pouco em relação aos planos que fiz (e dos quais não me arrependo, pois aprendi muito com isso), só tenho a dizer que li muitas boas obras! Nem farei menção aos livros de Harry Potter, pois isso seria muito injusto para com os outros, mas deixarei registado que todos eles, até agora, me têm feito muito feliz. Passando ao assunto principal, não me foi muito difícil escolher, apenas, quatro livros que me tenham enchido as medidas na altura da leitura. Aliás, nunca pensei que a própria tarefa já tenha nascido fácil. Antes de vos dar a conhecê-lo, conseguem dar as vossas sugestões para este separador?
Começando pelo princípio, A Sombra do Vento foi aquele livro que li antes de tudo o resto, e mesmo tendo contra mim o fator esquecimento, é simplesmente impossível querer esquecer-me desta história. Por muitos pormenores que não sejam tão explícitos como na altura, este livro marcou-me tanto que estou a pensar seriamente em relê-lo… Mas talvez para o ano! Eleanor&Park, uma história de amor adolescente que tinha tudo para descambar, aqueceu-me toda a alma a cada passagem. Foi, sem dúvida, um dos melhores livros que já li e que aborda esta temática, por vezes muito “mal tratada” pelo mundo literário! Para as férias de Natal, penso que seja uma ótima aposta para aqueles que ainda não sabem o que pegar! Assim de carácter mais sério, temos A morte de Ivan Ilitch, uma obra literária russa e que fez das suas no meu cérebro. E não é que um pequeno livro, que nem cem páginas tem, foi capaz de mexer com o meu ser e abrir-me os olhos para as coisas que realmente importam? Aliada a esta leitura, temos o mestre Saramago com As Intermitências da Morte, este que se tornou no meu livro favorito de todos os tempos! Muitos evitam questionar a morte como se ela fosse uma amiga, uma coisa natural, mas neste livro, somos colocados frente a frente com ela, não de maneira tão usual, mas que mesmo assim nos choca e faz desejar por mais!
Três destes nomes já foram mencionados aqui no blogue. Se não se recordam, falar-vos-ei deles novamente. A fevereiro de 2016 trouxe-vos ao blogue sugestões de canais do Youtube, e os quais eu achava top. Hoje, a quatro de dezembro de 2016, todos aqueles que sugeri continuam na minha lista de canais favoritos, porém, apenas dois deles são capazes de me colocarem um grande sorriso na cara. Estamos a falar da Isabella Lubrano, dona do canal Ler Antes de Morrer, um canal literário que merece toda a nossa atenção, não só por nos trazer livros, mas principalmente pela forma sucinta, inteligente e apaixonada como a Isabella nos apresenta as suas leituras. Quando sei que preciso de me acalmar, adormecer, ou mesmo rir-me, recorro ao Frederico, o ser humano mais fofo à face da terra. Não existe palavreado que me auxiliará agora, portanto, deixo ao vosso critério visitar o seu canal e tirarem as vossas próprias conclusões!
O Felipe Castanhari foi uma recente descoberta. Amigo de muitos dos youtbers que sigo, caí de paraquedas no seu canal, o Canal Nostalgia, que na minha opinião, é o melhor canal de esclarecimento acerca de questões históricas, celebridades e tudo o que possam imaginar! É um canal que vale mesmo muito a pena o nosso tempo. Apesar de alguns vídeos serem de 1h ou mais, a verdade é que os acabamos com a sensação que aqueles minutos não poderiam ter sido melhor “desperdiçados”! Ai Júlio Cocielo, um nome que, de certeza, vos é familiar. Mas é claro, já o trouxe aqui para o blogue e, por incrível que pareça, foi uma sugestão bem aceite! Dias se passam e o Canal Canalha continua a ser um dos canais a qual recorro sempre que me apetece ter dores de barriga de tanto rir. Este rapaz é um autêntico génio e sabe mesmo muito bem como cativar um público com as suas piadas! É a segunda vez que o sugiro, mas a sério, dêem-se ao luxo de o ver!
16 momentos do mundo artístico partilhados, e dou aberta de forma oficial as publicações da retrospetiva de 2016! Obrigada pela vossa leitura!
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