Sou de dar ainda mais importância à socialização quando fico dias sem colocar a vista em cima das pessoas. Por muito que eu me tente convencer de que me desenvencilho sozinha, chego sempre à mesma conclusão: eu preciso de pessoas à minha volta, nem que seja para recarregar um pouco das energias, ou para aprender coisas novas. É inevitável criar laços com pessoas, sejam-nos elas muito próximas ou não. Ontem, por exemplo, revi três pessoas que, naquele instante de puro deleite, consegui associá-los ao meu círculo de amigos. Eu, assim como muita gente, defendo que na vida não existem mais do que três ou quatro amigos de verdade, mas isso não anula o facto de que, querendo ou não, nós somos capazes de ter amigos. Sejam eles amigos das saídas, do cinema, dos livros, destas três coisas e muito mais!… Soube-me mesmo muito bem vê-los, falar com eles, saber das novidades e dos planos para o futuro. Soube-me pela vida ter tido essa convivência no meio do parque, sem interferências de telemóveis; sem inexistências de olhares cara a cara; rodeados de pessoas que estavam ali a viver o momento; de crianças que brincavam, corriam, aprendiam a andar… Senti-me com o astral ali em cima, a tocar nos céus, de tão feliz que estava por poder ter partilhado aquelas duas ou três horas com aquelas três pessoas. E sempre que o faço, sair da minha zona de conforto e fazer-me ao mundo, acabo por descobrir mais de mim do que poderia ser possível. Ficar tanto tempo sem conviver com as nossas pessoas não é assim tão mau!
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2 Comments
Nádia
21 de Agosto, 2016 at 22:51Eu sou o exato oposto: quanto mais tempo sou forçada a conviver com pessoas, mais valorizo a minha solidão. Não que seja um bicho do mato que tem que estar sempre sozinha, mas a verdade é que as pessoas esgotam-me, e por dois dias com companhia preciso de um na maior solidão, para recuperar a minha energia.
Carolayne R.
22 de Agosto, 2016 at 13:22Em parte também sou assim, uma grande apreciadora da minha solidão, mas acontece que quando usufruo bastante dela, sinto mesmo a necessidade de conviver com alguém, nem que seja apenas uma pessoa! Mas como é óbvio, rodeio-me de pessoas que quero mesmo! 😛 Quando também sou forçada a conviver, só me vem à cabeça o quão bom seria estar no quarto, a ler ou a ouvir música!