Até rebentar pelas costuras

Não vejo porque não investir em algo que nos possa encher as medidas. Já muitas vezes me deparei com situações em que duas ou mais pessoas comentavam o facto de outrem ter isto ou aquilo, referindo preços e qualidades e outras coisas que, muito provavelmente, nunca deveriam ser tema de conversa. Apenas as pessoas que gastam sabem o quanto custou ter o dinheiro ou tempo para aquilo, independentemente de ter sido muito ou pouco. Apenas as pessoas em questão sabem o quão necessário é ter aquele par de ténis de certa marca, aquela camisa de certo tecido, aquela estante preenchida de livros que poderão nunca a ser lidos… Cada um de nós tem as suas necessidades e os seus guilty-pleasures e nada nem ninguém tem o direito de opinar. Por muito desnecessário que sejam certos objetos ou certos gastos, ou por muito exagerados que tenham sido, se para a pessoa existiu a possibilidade de existir uma utilidade para aquilo, porque não? Fomos nós que andámos a trabalhar para eles irem gastar o dinheiro em quinhentos menus do McDonald’s, em cinco iPhones e uns quantos ténis da Nike? Somos nós que vivemos no interior da pessoa e sabemos melhor do que elas mesmas o que é que lhes é importante? Somos nós, por acaso, que sabemos qual a sensação de termos um kit de maquilhagem em mãos, mesmo desgostando de maquilhagem? Se a resposta for não, então porquê nos preocuparmos com os gastos dos outros? Já não bastam as nossas preocupações para nos ocuparem o tempo?… Ou será mesmo necessário colocarmos o nariz aonde não é chamado, até ao dia em que o cortem sem dó nem piedade? Se nós não gostamos que se metam nos nossos assuntos, então porquê fazer o mesmo?

1 thought on “Até rebentar pelas costuras”

  1. Pffft, conheço muita gente assim e também me irrita. Porque é como dizes, cada pessoa tem prioridades diferentes. Para mim é indiferente o telemóvel que tenho (uso o mesmo até avariar, porque não dou importância a telemóveis), mas gosto de investir noutras coisas, porque a qualidade é importante para mim em certos objetos. Há quem não dê importância a bens materiais e acho isso ótimo, mas geralmente essas pessoas são muito descontraídas e estão-se nas tintas para as compras alheias. Depois há as pessoas que criticam a forma como as outras passam o tempo livre. Acredites ou não, há pessoas que dizem horrores das vizinhas só porque estas frequentam cafés e pastelarias todos os dias.

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