Porto em 5 Dias \ Porto Downtown Hostel

(Anteriormente) 

Quando nos disseram que iríamos ficar num hostel, a primeira coisa que me veio à cabeça foram aqueles filmes de terror, cujo cenário nada mais é do que uma pensão, onde os protagonistas se hospedam e são, curiosamente, perseguidos pelos espíritos que lá habitam. De uma forma em geral, penso que nenhum de nós tinha grandes expectativas para o local que tínhamos escolhido, tendo em conta o dinheiro que demos (48€ para 5 dias). Sem mais nada a fazer, e sabendo que era um hostel mesmo no centro da cidade, conformámo-nos com a nossa escolha. Chegou dia 21 de março, o dia da ida. Como vos contei na publicação da viagem e da chegada, o percurso até ao nosso aposento mostrou-se bastante simpático, mas com o tempo lá nos habituámos àquelas ruas inclinadas e bastante compridas.
Todas as más ideias que outrora habitaram a minha mente foram-se dissolvendo à medida que eu ia subindo as escadas até à receção… E todo o meu coração se encheu. O Porto Downtown Hostel nada mais é do que um prédio dedicado a acolher todas as pessoas que queiram visitar o Porto, pagando pouco (dependendo, é claro, do tempo que decidirem lá ficar. Mas penso que, independentemente disso tudo, o preço será sempre acessível) e sentindo-se sempre em casa. Sendo que foi a minha primeira viagem a sério, sem nenhum familiar por perto, somente os meus colegas, posso agora afirmar que a maneira como vemos um certo destino depende, e muito, do local onde acabamos por estar hospedados. A sensação de conforto por sabermos que no final de um dia cansativo teremos um sítio onde descansar, beber um chá, esticar as pernas na companhia de uma manta. E este hostel mostrou-se tal e qual como aqui o descrevi.

Antes de mais, mesmo na porta cá de fora, temos acesso a um indiano, onde fazíamos algumas compras para o dia, ou mesmo quando eu queria animar as células com chocolate. Já estão a sentir as vantagens do local que decidimos hospedar? Ao adentrarmos a sério no hostel, somos logo rodeados de frases inspiradoras penduradas nas paredes, decorações vintage, folhetos de informações, mapas da cidade, pessoas simpáticas. As duas rececionistas que mais tempo estiveram por lá eram extremamente amáveis e estavam sempre prontas a ajudarem-nos no que fosse necessário. A cozinha, que era um grande enigma até ao momento, presenteou-nos até ao último dia. Tínhamos acesso a uma cozinha extremamente equipada, com todos os itens necessários para se elaborar uma refeição reconfortante e até alguns ingredientes que, de uma maneira engraçada, estavam etiquetados com a palavra “FREE”, em letras engarrafadas. A sala de estar partilhava do mesmo espaço que a cozinha, mas mesmo assim, não faltava o conforto. Desde um chaise longue preto a poufs azuis, algumas das horas de almoço e descanso foram bem aproveitadas. Todo o edifício disponibilizava internet (cuja não utilizei de forma excessiva, palmas para mim), tínhamos direito a uma televisão com todos os canais possíveis (Vodafone, mas shiu), o pequeno almoço estava incluído no pagamento (cereais, leite, chá, café, pão, manteiga, compota, etc. O pão, juntamente com aquelas “amostras” de manteiga e compota, vinham embalados num prato individual, de modo a não surtir aquela típica confusão e sujeira) e todos os hospedados tinham de contribuir com as lidas da cozinha, ou seja, quem sujava tinha de lavar e arrumar no devido lugar, assim como teríamos de reciclar o lixo. 

Infelizmente, não me veio à ideia fotografar, pelo menos, o quarto aonde eu fiquei (mas tive tempo para selfies na casa de banho. Vai-se lá entender, né!?), mas pelo que me recordo, o hostel disponibiliza, no total, cerca de dez quartos, onde uns são de seis camas (beliches), outros de quatro ou mesmo de duas. Eu acabei por ficar no quarto de seis camas e uma varanda, juntamente com mais quatro colegas, onde tínhamos direito a uma boa vista (leia-se, uma livraria que tinha anexada um papel a dizer 50% EM TODOS OS LIVROS. Vocês perceberam!). Em cada andar, haviam dois compartimentos, cada compartimento com dois quartos e uma casa de banho com dois wc e três polibans (pelo menos, do meu compartimento. Só tive a oportunidade de visitar o compartimento dos meus outros quatro colegas no andar de cima. Eles tinham, apenas, uma casa de banho com um poliban, um lavatório e uma sanita para dois quartos). Embora seja tudo partilhado, tenho de confessar que a casa de banho estava sempre limpa e mesmo para pessoas com algumas manias de limpeza (eu aqui), dá para sobreviver durante algum tempo. Mesmo as minhas colegas tinham o cuidado de manter as coisas no sítio, sempre limpas e arrumadas para as outras pessoas.
Apesar dos julgamentos precoces acerca do hostel, tenho de admitir que adorei cada segundo que dispensei naquele local. Dormi bem, sempre segura e com boa companhia. Até agora, um dos melhores alojamentos, sendo que foi uma estreia. Se tiver que voltar ao Porto, pelo menos já sei onde me sentirei em casa, caso não encontre outro local a um preço igual. E, como desta primeira vez, deixarei uma outra mensagem no seu livro de dedicatórias!
Onde encontrar o Porto Downtown Hostel
Praça Guilherme Gomes Fernandes, 4050-294 Porto
Telemóvel: 22 201 8094

4 thoughts on “Porto em 5 Dias \ Porto Downtown Hostel”

  1. O hostel pareceu-me bem bonito 🙂 Creio que em relação às limpezas também és capaz de ter tido sorte com as pessoas que estavam contigo no quarto, mas isso é algo que nao se consegue controlar quando se vai para um hostel. Quando fizer uma próxima escapadinha ao Porto é aí que quero ficar alojada 🙂

    1. Como fomos em turma, um compartimento ficou para 11 pessoas de nós. Todos os dias, fazia-se a limpeza das casas de banho, o que eu achei bastante curioso, ficando até mais descansada por saber que isso acontecia.
      Disse e reforço, super recomendo o local! Fico bastante agradada por saber que esta publicação te ajudou. Beijinhos.

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