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Porto em 5 Dias \ O segundo dia

16 de Abril, 2016
(Anteriormente)

22 de março foi o dia em que coloquei à prova a força dos meus glúteos. Desde a hora em que acordei à hora de voltar para o hostel, no segundo dia da nossa estadia no Porto aproveitámos para fazer muitas coisas pela manhã. Sendo que tínhamos uma livraria bastante apelativa mesmo em frente, eu e a Nobel decidimos descer para observarmos de perto aquilo que nos esperava. Infelizmente, eram 9h da manhã e aquilo só abria trinta minutos depois. O que nos fez mudar de ideias foi a simpatia do senhor que lá trabalhava, cujo bom dia não tivemos direito a ouvir, mesmo quando aqui a Carolayne sorriu para ele e cumprimentou-o. Perdeu duas belas clientes. Descemos até aos Aliados e fomos pela Rua Santa Catarina até à Fnac que, por azar ou não, só abria às 10h. Esperámos cinco minutos e, de portas abertas, aventurámo-nos pela loja como se fosse a nossa primeira vez. CD’s para aqui, livros para ali, cerca de trinta minutos se passaram até solicitarem a nossa presença no hostel para que pudéssemos organizar o dia… E a verdade é que acabei por fazer uma boa de uma caminhada com mais duas amigas pela Rua da Restauração, enquanto procurávamos pelo Palácio de Cristal. Não fosse por estarmos a fazer papel de turistas e todo o sentimento que me poderia definir naquele momento seria de frustração. Porém, e como era um mundo completamente diferente do meu, aproveitei cada momento daquele passeio e, após ruas e mais ruas a caminho dos céus, chegámos ao nosso destino.


Tanto na minha como na mente das minhas companheiras, o palácio que tanto fizemos para encontrar assemelhava-se mesmo de cristal, mas na realidade, a estrutura era bastante familiar: metal e vidro. Tirando a forma de que é feita, uma enorme cúpula com janelas redondas ao longo da mesma, e um jardim de cortar a respiração, o nosso momento de exploração até que foi um pouco arruinado pela desilusão… Talvez pela história que carregue, o seu nome esteja ligado a isso. Todavia, essa “desilusão” não bastou para que o encanto se esmorecesse por completo. De modo a aproveitarmos o momento, sentámo-nos debaixo de umas quantas árvores, na companhia de gaivotas, um pato e pavões, todos eles bastante majestosos.


Na hora de almoço, cada um de nós dispersou-se para o estabelecimento que desejasse. Uns foram para o fórum e eu, juntamente com mais quatro colegas, exercemos a função de provadores de bifanas. Saltitámos entre dois estabelecimentos, distinguidos, apenas, pela diferença de 0,50€ nos preços e na alface extra do segundo a que fomos. Por 4,50€, ou pouco mais, comemos duas bifanas, com direito a uma bebida com a qual passeámos para que não pagássemos mais no segundo estabelecimento, e ainda comprei um doce de amendoins pelo qual me apaixonei, mas do qual já não me recordo do nome. Após enchermos a barriguinha, fomos ao Miradouro, descansámos e seguimos para as nossas vidas.


Mais para a tardinha, e após uma digestão bem feita na Lello (próxima publicação), descemos até à Ribeira, o ponto alto do dia (pelo menos para mim). O cais bastante movimentado, os sorrisos alegres no rosto das pessoas, o Douro a saudar-nos com os seus barcos. Penso que foi aqui que tirei mais fotografias do dia inteiro. A estrutura da Ponte de D. Luís I deixou-me com os olhos a brilhar durante uns bons minutos. Aquele ambiente ao vivo e a cores é doutro nível! Assim como a escadaria que nos leva ao cimo da ponte. Depois daquela aventura, nunca mais me queixo do facto de viver num terceiro andar sem elevador! Sejas tu um atlético ou não, as lágrimas hão de te vir ao de cima quando estiveres a subir cada degrau para chegares ao teu destino… No entanto, todo aquele esforço valerá a pena! O panorama cá de cima apaga todos os berros que o teu corpo possa deitar cá para fora e aquela ventania beijar-te-á como um troféu pela tua vitória.



Depois de descermos, demos um salto até Vila Nova de Gaia, observando o cais de uma outra perspectiva. Visitámos uma das fábricas de vinhos, visto que alguns dos meus colegas desceram pelo teleférico, tendo direito a vales de degustação grátis, regressámos ao ponto inicial e, para meu bel-prazer, revivemos a escadaria pela segunda vez! Magnífico! 

Para o jantar, contávamos comer uma francesinha, uma experiência nova para a maioria de nós, porém, confesso que não foi uma comida que me agradou a 100%. Acredito que noutros restaurantes a coisa seja melhor confeccionada, mas no estabelecimento a que fomos, a impressão com que todos ficámos foi de que teríamos de, numa outra visita à cidade, escolher um outro local e provar uma outra francesinha. Não obstante, deu para encher o buraquinho do estômago que se sentia sozinho.


A noite iniciou-se dentro do hostel. Assim que os bares começaram a dar sinais de vida, fizemos-lhe companhia. Nas ruas abaixo da nossa, a vida noturna era mais que garantida. Foi a minha primeira vez naquele tipo de ambientes, mas não tenho nada a apontar. Só sei que, apesar de termos saltitado de sítio em sítio em busca de um local fixo no qual pudéssemos passar um bom momento, e após vaguearmos pelos Aliados deserto, diverti-me imenso ao lado dos meus colegas naquele segundo dia à noite.
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    Cherry
    16 de Abril, 2016 at 20:56

    Realmente, esse senhor com que te cruzaste logo de manhã era mesmo uma simpatia xD, não sabe as clientes que perdeu.
    O Porto é uma cidade muito linda, já fui várias vezes lá , e de todas as vezes que fui adorei. As pessoas são na sua maioria simpáticas ( não tiveste muita sorte com esse senhor), a paisagem é bonita e há sempre um cantinho novo para visitar de cada vez que se lá vai. E a livraria Lello é mesmo espetacular, adoro as escadas, faz mesmo lembrar os filmes do Harry Potter!
    Beijinhos,
    Cherry
    Blog: Life of Cherry

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      Carolayne R.
      16 de Abril, 2016 at 21:50

      É um facto de que o Porto está, maioritariamente, habitada por pessoas extremamente simpáticas. Foi uma das coisas que me agradou bastante e me fez sentir bem naquela cidade.
      E sim, a Lello é extraordinária! Apesar de mais pequena do que eu julgava, a beleza daquilo compensa a sua visita!
      Beijinhos!

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    Ana S.
    17 de Abril, 2016 at 12:35

    Que viagem maravilhosa e preenchida 🙂 E de vez em quando aparecem comerciantes assim, que não têm mesmo noção do quanto a sua simpatia pode influenciar a nossa preferência e desejo de comprar. Sempre poupaste :p Ainda fizeste umas boas caminhadas. O melhor do palácio são as vistas sobre o rio. Julgo que em tempos existiu mesmo um palácio de cristal semelhante ao de Madrid, que não se conservou por uma qualquer razão que desconheço. Quanto à francesinha, pode não ter sido boa ou então simplesmente não gostaste. Aquilo pode ser um pouco enjoativo para quem não está habituado. Eu nunca consegui comer uma inteira, é muito pesada (muitas carnes) e o molho apesar de delicioso por vezes torna-se enjoativo. Mas é verdade que há sítios melhores e piores para se comer francesinhas no Porto e vão mudando, o segredo é perguntar a quem lá vive 🙂

    Aonde (não) estou

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      Carolayne R.
      17 de Abril, 2016 at 13:16

      Foi uma viagem muito boa, mesmo! Poupei ali, mas gastei na Lello, o que me soube ainda melhor! Quanto ao palácio, ainda tenho de pesquisar acerca do assunto. A francesinha… Aposto que se experimentar num outro local, talvez goste ainda mais!

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