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BOOK REVIEW Admirável Mundo Novo

28 de Janeiro, 2016

“Admirável Mundo Novo” é uma distopia clássica, que tem como ideia principal o funcionamento de uma sociedade onde todo e qualquer tipo de ser humano é produzido em massa e em laboratório. Como em qualquer outra distopia, esta sociedade está subdividida em castas, denominadas de alfas, betas, gamas, deltas e epsilões, que por esta mesma ordem decrescem, tendo diferentes atividades entre si e que os diferencia. Mas isto não é tudo… Para além de fabricados, nesta sociedade a única emoção que reina é a felicidade. E esta, meus amigos, é obtida através dos discursos que são incutidos na mente das pessoas enquanto crianças e da dose de uma medicação específica, fabricada com o mesmo propósito que os calmantes, os anti-depressivos e as drogas pesadas de hoje em dia: o soma.

Este livro é muito mais do que uma distopia que nos remete a um certo tempo no futuro, onde as coisas funcionam de maneira completamente diferente do nosso tempo. Huxley mexeu – e de maneira perturbadora – com muitos assuntos que sustentam os pensamentos do ser humano. Desde a religião, à sexualidade, à filosofia e à ética, esta obra consegue manejar o poder de nos abrir ainda mais as pálpebras para o mundo. Não existem guerras, não existe a palavra “família”, não existe amor nem compreensão. Ou gostamos deste livro ou abandonam-lo ao fim de algumas páginas.

Para quem está bastante dentro das distopias de hoje em dia, só tenho a dizer que comparadas, não têm nada a ver senão com o tema. A forma cruel e fria como as personagens levam o seu dia-a-dia e as providências tomadas para que assim o seja, faz com que qualquer um leve o seu tempo a digerir este livro. Pode conter cerca de trezentas páginas, mas isso não o impede de ser pesado. Aos poucos e com muita vontade da nossa parte, a leitura converte-se em algo mais. O desenrolar da história, a explicação do porquê do mundo daquele futuro funcionar assim, as mudanças que se vão identificando pelo fim. Tudo isto confere ao “Admirável Mundo Novo” uma oportunidade de ser lido, apreciado e cogitado. E as coisas que vamos aprendendo e comparando com o mundo da atualidade, terão o poder de nos fazer aperceber que já estivemos mais distantes desta realidade aqui retratada.

Classificação da Lyne: 4.5/5 estrelas

  • Reply
    INÊS
    29 de Janeiro, 2016 at 15:35

    Fiquei super curiosa. Se bem que a sinopse é super parecida ao The Giver – não li o livro, mas vi o filme.

  • Reply
    INÊS
    29 de Janeiro, 2016 at 15:35

    Muito obrigada por decidires continuar a acompanhar o meu blog. Fico mesmo muito feliz!! Tudo o que precisas de fazer é voltar a seguir, com o novo link que te envio: http://ialleyways.blogspot.pt/

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    Carolayne R.
    29 de Janeiro, 2016 at 15:52

    Há coisas que eu não coloquei aqui, mas penso que isso não influenciaria em nada a sinopse. Eu já ouvi falar do The Giver e de facto são duas distopias parecidas, mas se formos a ver, não têm nada a ver. E também já vi o filme, embora não me tenha fascinado tanto. Talvez o livro me faça pensar o contrário ?Se ficaste curiosa com esta sinopse, então aconselho e bastante a leitura deste livro ?

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    Andreia Ribeiro
    29 de Janeiro, 2016 at 22:38

    Li o livro há precisamente um ano e adorei. É capaz de ser um dos meus livros preferidos por nos conseguir afastar da nossa realidade, mas aproximar-nos dela à medida que vamos refletindo sobre os mais diversos assuntos.

  • Reply
    Carolayne R.
    29 de Janeiro, 2016 at 22:47

    E é exatamente isso que acabaste de dizer que melhor resume a ideia deste livro. Teletransportamo-nos para aquele tempo que está diante dos nossos olhos, mas é a a partir disso que vamos acordando para a nossa realidade. Se era essa a intenção do autor, então ele conseguiu!

  • Reply
    Cherry
    30 de Janeiro, 2016 at 15:51

    Bem, vou ter que adicionar esse livro à minha lista de leituras. Já tenho tanto para ler e pouco tempo para o fazer!Beijinhos,CherryBlog: Life of Cherry

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    Carolayne R.
    30 de Janeiro, 2016 at 21:40

    Não te arrependerás ?Isso é muito mau. Ser uma amante de livros e não poder consumi-los… Com um pouco de organização, acabamos por chegar lá. ?Beijinhos.

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    Cátia
    31 de Janeiro, 2016 at 20:25

    Fiquei super curiosa!

  • Reply
    Jota
    1 de Fevereiro, 2016 at 12:19

    Wow, fiquei super curioso! Ainda não tinha ouvido falar, mas parece-me valer muito a pena! Vai entrar na lista ?

  • Reply
    Ju
    2 de Fevereiro, 2016 at 17:39

    gostei do teu blog (: comecei a seguir ?

  • Reply
    Nádia
    2 de Fevereiro, 2016 at 19:05

    Adoro o Brave New World! Aquela passagem em que o Selvagem diz que não quer o conforto, mas sim a poesia, a liberdade, a maldade e até o direito a ter piolhos é das mais bonitas da literatura.

  • Reply
    Carolayne R.
    2 de Fevereiro, 2016 at 20:31

    Recomendo mesmo muito!

  • Reply
    Carolayne R.
    2 de Fevereiro, 2016 at 20:32

    E vale mesmo, vai no que te digo! E depois fico à espera de uma review… U_U

  • Reply
    Carolayne R.
    2 de Fevereiro, 2016 at 20:32

    Obrigada ?

  • Reply
    Carolayne R.
    2 de Fevereiro, 2016 at 20:35

    Podes crer Nádia. O Selvagem, ao fim e ao cabo, somos nós na atualidade e ver que ele desejava por algo que muitos de nós desprezam por completo é de chorar e valorizar aquilo que temos. E acredito que no futuro venha a reler este livro, com uma mentalidade ainda mais amadurecida. Com certeza será uma experiência maravilhosa!

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