Apesar de ainda ter muito que aprender nesta minha vida, a verdade é que já dei por mim a dar conselhos muito preciosos. Provavelmente o mundo está cheio de pessoas como eu, mas o que me ajuda – e bastante – a ajudar os que me são mais próximos é precisamente a capacidade de conseguir colocar-me no lugar deles e sentir o que eles sentem. Todo este processo tem-se vindo a mostrar cada vez mais aguçado e, como tal, todas as soluções que eu encontro advêm de um padrão bastante semelhante. E hoje, como uma amiga, escrevo-vos uma pequena lista de coisas que podem fazer para que os vossos problemas melhorem, ou quem sabe, se revolvam.
1. Não fujas do problema Muitos de nós adoram refugiar-se dos próprios problemas, como se isso nos fosse ajudar a solucioná-los. Porém, esta é a pior coisa que podemos fazer. Se o nosso desejo é encontrar uma saída para aquilo que nos incomoda, a primeira coisa que devemos fazer é identificar aquilo que poderá ser o nosso problema e a partir daí tentar resolvê-lo. Fugir dele é o mesmo que acendermos uma vela, observarmos as chamas a consumirem aquilo que temos de mais precioso, mesmo com uma garrafa de água na mão, e simplesmente não fazermos nada! Pode levar o tempo que tiver de ser, mas o importante é nunca entrar num estado de negação.
2. Conversa com alguém Eu sou uma pessoa que não gosta muito de desabafar, mas tenho vindo a aprender que, por vezes, conversarmos acerca daquilo que nos vai na alma é a melhor forma de conhecermos que tipos de problemas é que nos assombram. Através de uma sessão de conversa com um amigo, psicólogo ou mesmo um familiar muito próximo, identificar ou listar uma série de complicações acaba por nos limpar a mente e ver, de forma clara, o que é que queremos despejar do nosso coração para que este fique mais leve.
3. Chora Quando conversar não se mostra a melhor atitude, chorar pode ser uma boa solução. Não que devamos ficar meses e meses a despejar pelos olhos, mas uns minutos dedicados à “derrota” acabam por nos aliviar. Eu sei bem do que falo. Sempre que sinto que naquele momento não há solução, deixo-me embalar pelas lágrimas até elas secarem. O que acaba por acontecer é que a minha mente sente-se tão invadida por este ato, que se indaga do porquê de eu estar a chorar, o que gera logo um caminho para o bem estar. Se eu chorar e logo a seguir aperceber-me de que estar a chorar por aquele problema não é a solução, então aí sinto-me mais capacitada para erguer a cabeça e seguir em frente. Por vezes, temos de nos deixar derrotar por uns momentos para logo a seguir ficarmos mais fortes.
4. Faz aquilo que te incomoda Imaginemos que o vosso problema passa por terem de limparem a casa e não o fazerem há quase duas semanas. O peso na vossa consciência é tão grande que acaba por originar o stress ou mesmo aquela ansiedade que nos alerta para algo. Caso esse seja o vosso problema, simplesmente façam-no. Limpem a casa, arrumem a desordem, façam qualquer coisa que elimine o peso que vos perturba. Da próxima vez que não limparem a casa, a ideia de que terão de passar pelo mesmo sofrimento mental, impedir-vos-á de não o fazerem. A melhor solução passa sempre por ultrapassarmos certos limites que impomos para nós mesmos.
5. Não te martirizes se o problema não for limpar a casa Porque este é apenas um exemplo simples. Se aquilo que vos incomoda for algo maior, que foge ao vosso alcance, mas que de certa forma tem a ver convosco, tentem perceber o porquê daquele problema ter nascido. Caso seja o término de uma relação, uma zanga com alguém ou um teste que não vos correu tão bem quanto esperavam, sentem-se, respirem fundo e deixem as coisas levarem o seu rumo sem serem manipuladas. Há coisas na vida que não valem o nosso esforço e a única coisa que temos mesmo de fazer é seguir em frente. Cutucar na mesma ferida, vezes e vezes sem conta, magoa-nos ainda mais do que o próprio problema e não há coisa pior do que sermos os nossos próprios inimigos.
6. Passa tempo de qualidade com alguém de quem gostes Estar rodeado de pessoas que nos amam e por quem sentimos o mesmo é o melhor remédio para certas ocasiões. Ao estarmos ocupados, a nossa mente cede e sucumbe a nosso favor. No final do dia, a sensação de coração a transbordar que nos acompanhou o dia inteiro falará tão mais alto, que qualquer tipo de problema mostrar-se-á, apenas, um novelo que nós mesmo criámos em prol de uma coisa mínima que se apoderou de nós. Saiam, sorriam e cortem os nós desnecessários que ocupam na vossa mente espaços que serão necessários para boas recordações!
7. Tem pensamentos positivos Tal como mencionei no ponto 5, nada é pior quando somos os nossos piores inimigos, porque apenas nós sabemos o que é que vai na nossa mente e qual a melhor arma para nos derrotarmos. Se começarmos a ver o lado bom das pequenas coisas que nos rodeiam, o nosso inconsciente começa por associar ligações que, primeiramente, nos passam despercebidas. Se o vosso problema começou num dia de sol, comecem a olhar para o sol como uma coisa boa, como uma fonte de energia e vida. Desassociem esse fenómeno às coisas más que vos aconteceram. Se o que vos incomoda está associado a uma loja de doces, comecem a olhar para os doces como algo que vos proporcionam um certo bem estar a partir do momento em que entram em contacto com as vossas glândulas salivares. O que eu quero mostrar com estes exemplos é que, independentemente das circunstâncias, despertem em vocês um certo amor pela vida, fazendo algo para o vosso conforto. Deixem de lado a vossa personagem vitimada pelos obstáculos da vida e valorizem aquilo que têm de melhor. A partir do momento em que o fizerem, não só os vossos problemas fugirão a sete pés de vocês, como transformar-se-ão em alguém melhor!
Ás vezes, temos de sorrir como esta panqueca para que as situações se tornem um pouco mais leves! 🙂 |
2 Comments
Ricardo Francisco
12 de Abril, 2016 at 10:24Chorar. Chorar é o melhor remédio para curar qualquer problema, pelo menos para mim. Às vezes uma pessoa fica tão frustrada ou irritada que fica com lágrimas nos olhos sem sequer ter vontade. Quanto aos restantes tópicos, aquele que não consigo aplicar a 100% é o último. Costumo dizer que não sou negativo, sou realista. Prefiro estar sempre preparado para o pior e depois ser surpreendido pela positiva, que o contrário.
Ricardo, The Ghostly Walker.
Carolayne R.
16 de Abril, 2016 at 21:58Não discordo contigo quanto ao último ponto, mas no meu caso, se eu for realista a 100%, acabo por nunca resolver nada. Gosto de caminhar entre a realidade e a fantasia para não perder a sanidade. E quando nenhum destes resulta, chorar é o que me acalma.