“When you smile,
When you smile,
The world feels a little better…
Just wanna see you smile”
Gosto de ser surpreendida com músicas novas. Assim que soube da existência de Jungle, a partir do single “Casio”, criei uma conexão com eles que só se justificou quando mergulhei de peito aberto no seu segundo álbum “For Ever”. Penso que tenha sido apenas na nossa segunda ou terceira tentativa. Na altura, acredito que a minha mente estivesse habituada a outras melodias, tanto que no momento em que estas se enquadraram comigo, foi como se uma porta se tivesse aberto.
Não sei comparar esta banda com nenhuma outra.
Talvez no meio das suas narrativas melódicas, sinta parecenças com Tame Impala, Parcels, ou mesmo os Daft Punk. Contudo, há qualquer coisa de peculiar no modo como eles construíram “For Ever” que me cativa, ao ponto de se ter tornado na minha banda sonora inconsciente. Sinto um poder imenso em todas as transições de ritmo, sendo os mesmos muito coerentes entre si.
Com efeito, este álbum tem músicas perfeitas para dançar, cantar, refletir e relaxar. Abarca todo um mundo de sentimentos que adotei como meu, apesar de já me ter acompanhado em diversas fases da vida… Daí esta ligação: o facto de um só álbum ser capaz de se metamorfosear, estimulando sensações diversas demonstra o quão ricos são estes artistas a impactar-nos.
Não obstante o carinho que tenho cultivado por estas músicas, reconheço que o meu apego impede-me, com toda a certeza, de explorar o seu trabalho mais recente, o “Loving in Stereo”.
“Dry your tears
Don’t cry
I’m with you
This time
Hold your fears
Don’t cry
I’m with you
This time”
Existem parecenças entre um trabalho e outro. Aliás, diria ser um tanto impossível não sermos capazes de distinguir o ritmo dos Jungle em relação a outra banda… Pessoalmente, acho que eles conseguiram conceber uma identidade facilmente detetável com um simples tom. Pelo apanhado que faço das letras em geral, um dos seus objetivos é o de nos acalmar o coração, elevando-nos o espírito em dias mais cinzentos.
Daí o meu fascínio pelas infinitas possibilidades sentimentais que podem ser despoletadas! Por gostar tanto do “For Ever”, estou a deixar-me levar pelo medo que não criar uma conexão com o “Loving in Stereo”… Infelizmente, é um problema que enfrento diariamente com tudo, devido às minhas expectativas super elevadas.
Não que tenha de me obrigar a algo…ou que seja totalmente descabido alimentar o meu vício quanto a “For Ever”…a verdade é que quero mesmo explorar toda a sua discografia para me inteirar da beleza do seu trabalho…enquanto exploro a minha!
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