Fazer um curso online
Nos dias que correm, é-nos cada vez mais facilitada a opção de escolhermos estudar em casa. É muito comum acharmos que apenas assuntos do conhecimento geral é que merecem atenção, porventura, enganam-se. Quem me dera a mim, há cinco anos, ter tido conhecimento das ferramentas de que dispomos, atualmente. Ao longo do mês de abril, decidi experimentar um curso de blogging, na plataforma Skillshare. Surpreendentemente, foram nessas mesmas aulas que me apercebi de que havia imensa coisa por explorar. Após reforçar aquilo que sei e, depois de tomar conhecimento de novas informações, sinto-me mais motivada do que nunca!
Acreditar que qualquer tema é válido
Falo por mim, quando digo que antes do curso acima, duvidar do potencial das minhas ideias era mais recorrente do que as tentar colocar em prática. Não ter mão do nosso nicho e considerar um prévio desprezo por parte do público é uma forma de auto-sabotagem muito terrível, para além de nos incapacitar de criar conteúdo. Existem ene formas de abordarmos um assunto e todas as partilhas, desde que vindas do coração e muito bem desenvolvidas, poderão gerar muita empatia do lado de fora. Só saberemos, então, se tentarmos!
Não existem regras
Exetuando o SEO, um conjunto de técnicas e ferramentas que potencializam o sucesso dos nossos blogues, tudo o resto é relativo. Não existem temas obrigatórios, layouts específicos, um modo de transmitir ideias único. O bom de se ter um blogue é a oportunidade de podermos colocar a nossa criatividade em prática, dado que é essa que nos irá destacar das restantes pessoas. Tal como pregam por aí, há espaço para todos e somos igualmente livres de optar pelos conteúdos que desejamos consumir.
Não somos obrigados a ler todas as publicações dos outros blogues
Confesso que fiquei uma boa temporada sem ler e comentar blogues, por me sentir obrigada a ler tudo o que havia deixado acumular. Consequentemente, pensar assim permitia que a ansiedade escalasse, impedindo-me de usufruir do que quer que fosse. O que primava por ser um refúgio, foi encarado como uma obrigação. Por conseguinte, decidi afastar-me, aproveitando o tempo fora para compreender o que raio é que eu queria do meu blogue e dos restantes da comunidade. Era preciso uma pandemia para que o confinamento me trouxesse a despreocupação de consumir, somente, o que me dá prazer aprender. Assim sendo, tenho definido momentos do meu dia para visitar as diversas casotas da blogosfera e deixar a minha impressão, com muito gosto!
Deixar uma opinião é realmente importante
Deixemos de lado todas as vantagens de assinarmos os comentários e isso gerar tráfego para os nossos lados. Afinal, é para isso que damos uso às hiperligações, mesmo que não o admitamos. Quando visitamos um blogue e filtramos as publicações do nosso interesse, dando início às nossas pequenas viagens, torna-se crucial deixarmos a nossa opinião/sugestão/agradecimento. Primeiramente, para além da pessoa por detrás do artigo ter tirado o seu tempo para publicar aquelas ideias, com toda a certeza que nós, o público, beneficiámos com isso.
Segundo, não nos custa nada deixar uma nota de como é que nos sentimos, o que é que aprendemos e do quão importante foi ter tirado cinco minutos para sairmos da nossa bolha. À parte das possíveis conexões que se poderão gerar naquela caixa de comentários, reflitam no quão feliz ficará aquela/e blogger, após saber que ela/e ajudou em alguma coisa! Guardamos tanto em nós que, indubitavelmente, esquecemo-nos da importância de parabenizarmos os demais. De nada vale querermos que apreciem o nosso empenho se, do mesmo modo, nós não praticamos isso!
Pedir ajuda só nos enriquece
Há um certo receio de partilharmos as nossas ideias com os demais, pois, parte de nós acredita que nos roubarão as ideias. Conforme as minhas meditações, tenho encarado muitas vertentes do sigilo como sendo o nosso orgulho a manipular as nossas ações. Se já escutaram que duas cabeças pensam melhor do que uma, sabem que eu tenho razão. Eu também não gosto de partilhar grande parte das minhas ideias, mas quando sinto a necessidade de melhorar, e reconheço que a opinião exterior me ajudará, não meço forças e pergunto às pessoas em quem confio. Afinal, poderão surgir outras ideias e projetos, tratando-se de uma das vantagens de pedir ajuda!
9 Comments
Andreia Morais
9 de Maio, 2020 at 20:49Há aprendizagens que, de facto, teriam dado uma bela ajuda antes de iniciarmos esta caminhada. Mas, por outro lado, há uma parte de mim que agradece ter-me atirado de cabeça, praticamente sem saber como é que esta plataforma funcionava, porque isso permitiu-me crescer e ir descobrindo o que me motiva e qual é a voz que pretendo ter no meu blogue.
Todos os dias [sempre que me é possível, pelo menos], faço a minha visita diária pelos blogues que sigo, porque é algo que me acrescenta imenso. Não só pela estima em relação a quem está do outro lado, mas por terem sempre algo diferente para partilhar. E procuro deixar sempre um comentário, porque acredito que é uma maneira de valorizar o trabalho delas, além de que nos envolvemos numa onda de partilha maravilhosa. Apesar disso, também não acho que seja obrigatório ler todas as publicações, caso as pessoas não se identifiquem. E isso não quer dizer que não regressem ou que não apreciem o nosso espaço, simplesmente, aquele conteúdo não é o delas e não há mal nisso.
O nosso blogue tem que ser uma fonte de motivação e não de angústia. E parte desse divertimento está, precisamente, na falta de regras. Claro que é importante percebermos o que nos preenche, porque não temos que falar sobre tudo, mas isso não pode limitar o nosso traço criativo, nem impedir-nos de explorar determinadas componentes, só porque não têm sido uma prioridade nas nossas publicações. Ainda bem que há toda essa diversidade. Também acredito que há espaço para todos!
Carolayne
10 de Maio, 2020 at 12:00Eu também acho que me ter atirado de cabeça foi uma mais-valia, não obstante estas reflexões! É sempre bom termos oportunidade de aprendermos com as nossas falhas, porque só assim é que faz sentido! 😛 Muito obrigada pelas tuas palavras, Andreia! ♥
marisaffvitoriano
9 de Maio, 2020 at 21:02Acho que, acima de tudo, quando criei o 1º blog (2012) gostava de ter tido uma vozinha a dizer “vais sentir necessidade de mudar muitas vezes, mas não faz mal porque é mudar é bom e ninguém se vai importar”. E identifiquei-me com tudo o que disseste (também já guardei o link do curso. Obrigada!)
Carolayne
10 de Maio, 2020 at 12:01Espero que o curso te acrescente tanto quando me acrescentou a mim!
Oh, sim, as mudanças são necessárias e, mesmo eu, passo por umas quantas! Os resultados finais são sempre tão bons, que me levam a questionar porque é que duvido das minhas intenções! 😀
Inês Mota
10 de Maio, 2020 at 12:06Muitas das tuas aprendizagens poderiam ser minhas! Mas acho que faz parte! Um outro factor é que o conceito de blog transformou-se muito ao longo dos anos! Quando criei o primeiro, em 2008, não era nada do que é agora. As expectativas e necessidades eram outras. E mesmo agora, com o digital tão volátil e em constante transformação, o que hoje é regra, amanhã fica completamente obsoleto e dá a impressão de que não nos antecipámos ou preparámos. Tenho encarado esta experiência da mesma forma que encaro o meu crescimento e é fabuloso. Acho que a única que acrescentaria à tua (fabulosa) lista era a de não ter tanto receio ou pudor em falar sobre o meu blog a outras pessoas 🙂
Carolayne
10 de Maio, 2020 at 15:05Desde 2008, acredito que muito tenha mudado pela blogosfera 😮
Os nossos blogs, afinal, são umas extensão da nossa pessoa, portanto, é natural que tenha de mudar e crescer connosco! É realmente bonito! *-*
Ahhhh esse último ponto, podes crer! 😀
a Sofia world | O que gostava de ter sabido antes de começar um blog
17 de Maio, 2020 at 7:00[…] de começar um blog surgiu numa conversa com o Jota e a Lyne. Decidimos logo que este tema ia dar publicação para a Lyne e para […]
Ana Garcês
4 de Junho, 2020 at 20:30Adoro as coisas que aprendeste com a criação de um blog e que gostarias de ter aprendido antes. Já fiz esse exercício uma vez e, sempre que o faço (todos os anos, por exemplo) a lista altera-se e é engraçado de se ver.
Muitas das tuas aprendizagens também podiam ser minhas e é sempre tão bom ler estas coisas vindas de outras pessoas, sinto-me menos sozinha.
Estou neste Mundo (com o infinito) desde 2011. Antes disso, tive diversos blogs que apaguei. No geral, ando nesta vida desde do meu sétimo ano – é muito tempo, agora que penso nisso – e as coisas mudaram bastante. Algumas para melhor, outras para pior.
É ver onde isto nos leva e é continuar a fazer aquilo que gostamos: escrever e partilhar.
Carolayne
14 de Junho, 2020 at 10:16Esse último parágrafo resume tudo!! Também tenho outras listas, e concordo contigo: os aprendizados mudam sempre, o que é ótimo! Simboliza que estamos a evoluir, a experimentar e a retirar ene conclusões! ?