Estou há semanas a fio sem conseguir criar espaço na agenda para existir além da faculdade e do trabalho. Tenho sentido cada vez mais falta de sair da rotina. Jogando um pouco com o contra-senso, sair da rotina, para mim, além de implicar fazer coisas novas fala também das coisas que sempre gostei de fazer.
Falo, por exemplo, de conhecer restaurantes novos, tirar fotos aleatórios a sítios novos, não ter de me preocupar com as responsabilidades focando-me somente na leitura. Convidei um amigo meu, e por ordem dos sussurros da memória, lembrei-me deste restaurante onde outra amiga trabalha.
A publicidade que fez em torno do facto de ser vegetariano com opções deliciosas não me saiu da cabeça…
…guiando-nos naquele final de tarde de uma terça, após um dia cheio de aulas e aborrecimentos. Tivemos sorte. Fomos sem reserva, alienados dessa possibilidade, porém sentaram-nos de sorriso no rosto. Bastou-me sentir os odores dos pratos que passavam por mim para saber que aquele investimento valeria a pena.
Através do menu online, as nossas escolhas recaíram sobre pão de arroz com pâtés vegan, tofu grelhado acompanhado de arroz, purê do que me pareceu batata doce e salada. Ele optou por hambúrguer de feijão acompanhado de arroz batata e salada. Não ousei roubar-lhe uma dentada, mas acredito que estivesse tão bom quanto o meu.
Do meu ponto de vista, houve ali um sabor ou outro que, sozinhos, jamais funcionariam.
O que vale é que as diferentes combinações colmataram o que poderia ter dado errado. Aquele foi o melhor pão de arroz que já comi, sem ainda qualquer meio comparação. Todavia, deixou-me sedenta para transformar, uma vez mais, a minha cozinha num laboratório.
Os pâtes sobressairam-se pelas mesclas inesperadas, todavia convicentes. Fizeram-me ver que com um pouco de imaginação, qualquer ingrediente pode dar lugar a um aperitivo simples, delicioso e motivo de sonhos lúcidos!
O quanto aconselho o Organi? Bastante! Só experimentando para saberes o que quero dizer! 🤭
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