Quando eu pensava em vulnerabilidade, acreditava que seria, somente, sobre as partilhas mais profundas que eu poderia fazer. Nunca me tinha ocorrido que ser vulnerável implicaria, de igual modo, saber como me expressar, como dar e ser recetiva em relação a todas as experiências da vida. Este meu primeiro contacto com o Osho através d”Intimidade”, além de me ter expandido a mente quanto à ideia de vulnerabilidade, fez-me compreender que, até àquele momento, eu não estava pronta.
Pronta para ser íntima com alguém, visto que desconhecia o que seria isso.
Sem querer exagerar, até comigo própria faltava esse grau de intimidade. Ele facilmente me permitirá admitir, com mais veemência, as razões de eu querer seguir certos caminhos, com certas pessoas.
Estive de olhos nos livros do Osho – longe de saber que são transcrições de palestras suas -, há anos. Nunca soube explicar esta inclinação… Sempre houve algo que exalava dos seus livros nos dias em que eu deambulava pelas livrarias. Talvez por ter escutado algumas pessoas a falar dele, ou então pela quantidade de obras que sempre decoraram aquelas estantes. A verdade é que, de momento, consigo partilhar algumas considerações acerca dessa conexão que há muito existe!
Reconheço, sem dúvida alguma, que todos os livros guardam mensagens que se adequam às diversas fases da minha vida. Todavia, o “Intimidade” foi além dessa correspondência. Além de me ter sentido numa conversa com os meus terapeutas, este livro refletiu na perfeição reflexões que eu já havia tecido dentro de mim, mas que pouco tinha escutado no exterior.
Estas páginas conversaram comigo, tocaram-me no coração e intensificaram ainda mais a luz que me percorre.
Não sei se por me estar a tornar mais sensível a cada dia, mas tenho reparado na maneira como certas experiências me comovem. É como se tudo se tornasse mais intenso, trazendo atreladas sensações de liberdade e serenidade impossíveis de descrever. O “Intimidade” quebrou-me pré-conceitos, reforçou-me princípios, esclareceu-me e projetou-me para fora da minha zona de familiaridade!
Aqui, e como eu acredito acontecer em todos os seus livros, Osho apoia-se em parábolas e em exemplos do quotidiano, junto de ensinamentos filosóficos, para nos levar ajudar a compreender a simplicidade da existência… Contando que nos saibamos livrar das distrações que se vão alastrando pela sociedade adentro.
Na sua maioria, grande parte das nossas guerras internas partem de questões mentais mal resolvidas. Porém, por via de práticas diárias mais saudáveis e em comunhão com o que realmente somos – um todo e não uma parte! – poderemos atingir a felicidade..
Embora não esteja neste patamar, afinal, faço terapia, tenho resgatado traumas e ainda me preocupo com detalhes supérfluos, estou a caminhar para lá. Diariamente, desconstruo-me pedaço por pedaço, amadureço a minha visão e aproximo-me do essencial, que é de mim mesma. Trata-se de um longo caminho, ladeado de momentos bons e outros menos bons. No entanto, são experiências que têm valido totalmente a pena e eu agradeço por, finalmente, ter começado por confirmar isso junto de uma mente gigante como a do Osho!
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