Quando criei o meu primeiro blogue – livros da meia noite -, a saga divergente ainda me era muito importante, por ter sido das primeiras às quais me apeguei e com a qual tive a oportunidade de experimentar aquilo que viria a ser uma proximidade entre um grupo de amigos leitores, apaixonando-me cada vez mais pela leitura. No âmbito dessa apreciação, apenas me faltava um livro para que, na estante, a saga ficasse completa: “Quatro”, um pequeno livro contado da perspectiva desta personagem. No meio daquele entusiasmo todo, somente duas saídas seriam viáveis: ou eu me sentaria no mesmo dia e devoraria o livro, ou ele acabaria por quedar na estante, correndo o risco de ser partilhado com outro alguém, nunca mais regressando para o seu lugar.
Exatamente quatro anos se passaram, tempo mais do que suficiente para, com os nervos à flor da pele, lhe dar uma segunda oportunidade. Supostamente, eu me tinha comprometido a ler “Frankeinstein”, de Mary Shelley, contudo, para o momento que estava a viver, aquele livro não se enquadrou com a minha rotina, sendo eu obrigada a colocá-lo de lado. A minha segunda escolha recaiu em
“Quatro”, que, por ser um
young adult e primar pela sua leveza, me permitiu iniciar e terminar uma leitura, como há imenso não fazia, em menos de quatro dias – estamos, até aqui, de acordo com estas consonâncias em relação ao número quatro, certo? -. Repito o que havia dito no
Goodreads e no
Instagram:
“Regressar aos braços daquelas que foram as sagas que nos viram crescer, é sempre bom, no entanto, é de olhar amadurecido que nos apercebemos de que, embora nos possamos refugiar, há algo em nós que mudou e isso é ótimo de se classificar como descoberta! “Quatro” permaneceu quedo na estante, exatamente por quatro anos, mas foi num dos momentos de maior aperto e desorientação, que foi capaz de me agarrar pelo braço e puxar para cima. Não foi uma leitura planeada e, talvez por isso, é que tenha feito tanta diferença!”
Embora tenha adorado a trilogia, da primeira e única vez em que a explorei, este quarto livro tem imenso que se lhe diga: se, por um lado, passamos a compreender certas atitudes e preocupações, por outro, é como se muitas das ações não se pudessem justificar, exatamente por estarem mal explicadas, dentro deste contexto. Há muitas discordâncias na narrativa, essas que apenas poderão ser compreendidas se, anteriormente, já tivermos tido contacto com a trilogia inicial.
A mim, pouco me incomodou, contudo, acredito que tal detalhe fará toda e qualquer diferença num leitor que pegue nesta história, pela primeira vez! Posto isto, apenas acrescento: mesmo quando já temos mil e um planos estabelecidos na nossa cabeça, não há mal algum em recuarmos nas nossas decisões e optarmos pelo nosso melhor. Este livro desempenhou um papel crucial na minha atitude enquanto leitora e não me arrependo nada de o ter utilizado como moeda de troca!
Conheciam este livro? Já leram? ♥
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1 Comment
Andreia Morais
6 de Abril, 2019 at 19:21Já tinha ouvido falar neste livro, mas nunca me aventurei – assim como nunca o fiz com a trilogia. Mas é sempre maravilhoso quando encontramos obras com este conforto, que nos amparam em momentos cruciais. E acho que a magia de uma história também passa por todas essas possibilidades