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BOOK REVIEW "MARCADO NA PELE" #4 #OSOUTROS, ANNE BISHOP

6 de Junho, 2018
A caminho de terminar a saga, apercebo-me grata pela oportunidade de saber ler e escrever, passando-vos estas mensagens. É engraçado o facto de todos os livros que já me passaram pelas mãos terem um efeito reflexivo em mim. Eu sei que grande parte deles se rege por esse objetivo – mesmo que subentendido -, e não é que estes sejam equivalentes a um “Admirável mundo novo” pelo conteúdo, mas estão lá perto. Antes deste volume, eu mal desconfiava da crítica e dos avisos, mas agora, compreendo e sei apontar o que de comum existe nestes dois mundos: o ser humano, objeto de reflexão de todos.
Sei que o meu tempo de dedicação se prolongou, mas não tive outro remédio. Concedi-me o tempo e o espaço para beber de cada palavra, sem intenções de destruir o apreço construído nos volumes anteriores. É matematicamente impossível calcularmos as infinitas rotas desta história, pois, não me canso de afirmar que a Bishop não desilude. Pelo menos, até agora nunca o fez. Não se trata, somente, de ter uma escrita bonita, ornamentada, toda pomposa. A autora é direta, dá uso a expressões simples e envereda por descrições limpas e que facilmente nos transportam para o livro.
Anne Bishop é transparente com as suas criações e isso é o que me liga a elas: a simplicidade a uma folha de distância. Ou, neste caso, a quatrocentas ou quinhentas folhas de distância. As garras e presas de Namid toleraram muitas coisas dos humanos, mas eis que estes últimos, em “Marcado na Pele”, se excederam, tendo pago por isso. Agora, resta saber como irão os sobreviventes começar tudo do zero, segundo as novas regras impostas pelos terra indigene, de maneira a não serem exterminados da face da terra.
Estes acontecimentos fazem-me recordar a realidade que nos sustenta enquanto espécie, e chega a ser realmente aterrador equilibrar as parecenças na nossa consciência, reconhecendo de que talvez, tal como nesta história, o mundo deveria ser assim: não tão tolerante em relação aos atos macabros do ser humano, contudo, disposto a aprender que nem todos são maus, selecionando aqueles que merecem mesmo esta oportunidade de vida… Tal como as personagens que Bishop criou, e cujas algumas têm a consciência de que só trabalhando em conjunto, é que o mundo sobrevive. Por ora, e de curiosidade aguçada, já vou a 2/5 do quinto livro e nem desconfio de como é que tudo isto terminará!
Já leram esta saga, ou alguma outra de Anne Bishop? O que acharam? ♥

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