Terminei, há coisa de trinta minutos, de ver a primeira temporada da série que vos venho falar hoje. Como já havia dito na minha “To Watch List“, Sense8 foi uma das séries escolhidas para a lista, pensando eu que naquela época conseguiria vê-la, sem que a preguiça interferisse no meio. O tempo foi passando, sendo o mesmo encurtado pelas responsabilidades com que me vi encurralada e só agora nas férias de verão é que a consegui consumir. E quando digo consumir, refiro-me ao facto de ter devorado a primeira temporada em coisa de dias.
Para quem desconhece, Sense8 conta a história de oito estranhos, espalhados pelo mundo, cujas culturas são diferentes. Subitamente, todos eles têm uma visão violenta da morte de uma mulher chamada Angélica. A partir de então, eles descobrem estar mental e emocionalmente ligados uns aos outros, sendo capazes de se comunicar, sentir e apoderar-se do conhecimento, linguagem e habilidades alheias. A esse tipo de dom é dado o nome de Sensate. Tudo nesta premissa chamou pela minha atenção, sendo eu uma grande adepta de mistérios, quebra-cabeças e ciências que por vezes são difíceis de explicar. Depois de a ter visto, questiono-me do porquê de não ter apostado nela quando queria, mas gosto de acreditar que cada coisa tem o seu tempo. Comecemos pelo elenco. Desconheço do trabalho de todos eles, mas penso que não poderiam ter escolhido melhores atores para darem a vida a estas personalidades incríveis, cada uma com a sua natureza e o seu dote. Sendo uma série de ficção científica, existiriam muitos fatores que poderiam dificultar no cultivo de um brilhantismo que nos conquistasse, porventura, as nossas expectativas são bem capazes de serem superadas, sendo o resultado de toda esta trama algo inexplicável.
Uma coisa que adorei em cada episódio foi o facto de cada personagem pertencer a um país e a uma cultura completamente diferente dos demais, tornando a sua conexão mental e emocional algo muito profundo de se explorar e refletir, tendo isso sido muito bem executado. De cada vez que eles se “encontravam”, era muito notável a evolução do seu vínculo, transformando diversas situações num campo de batalha, onde quem estivesse em apuros, fosse automaticamente auxiliado pelos seus, e isso meus caros, é muito bonito de se ver. Penso que cada um de vocês teria de presenciar e viver esta série intensamente, para conseguirem compreender a minha dificuldade em expor as minhas ideias. Sense8 é um produto da genialidade que merece ser aplaudido de pé, enquanto jorramos lágrimas de emoção. Nunca pensei que pudesse gostar assim tanto desta série. Para não falar de tudo aquilo que já falei, a fotografia, a soundtrack, os argumentos, tudo combinado resulta tão, mas tão bem, que se torna impossível não nos acorrentarmos no vício de querermos mais. Esta produção é muito mais do que eu poderia estar aqui a escrever, muito mais do que as opiniões que circulam pelo mundo. Esta produção é daquelas que quanto mais misteriosa for a atmosfera que a circunda, mais nos surpreendemos, e eu apenas aqui estou para vos pedir que dêem, pelo menos, uma oportunidade aos primeiros episódios. Se não gostarem, a vida continua, contudo, se conseguirem perceber a essência de que esta série é feita, sejam então bem-vindos a este mundo fantástico de sensações!
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