Sou capaz de afirmar que prefiro algumas animações japonesas a algumas da Disney, por exemplo. Há qualquer coisa na qualidade destes que me conquista e faz explorar cada história, cada detalhe, cada origem histórica… E hoje, estou aqui para vos apresentar duas das animações que conheci enquanto criança e que, até aos dias de hoje, me deixam com um brilho nos olhos sempre que as revejo.
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Sinopse: A família Ogino está de mudança para um nova residência, fator que os deixa entusiasmados, exetuando a sua filha Chihiro. Por ter de deixar para trás os seus amigos e a sua vida, a rapariga de dez anos mostra todo o seu descontentamento com esta nova fase da sua vida. A caminho da sua casa nova, o pai Ogino decide conduzir por um atalho, que os leva para um beco sem saída. Movidos pela curiosidade, a família deixa-se entrar por um túnel que, por sua vez, apresenta-os a uma cidade abandonada. No meio de tanta descoberta, a fome e a gula obrigam os pais de Chihiro a servirem-se de um banquente, enquanto esta tenta evitar que isso aconteça. Sentindo-se desprezada e intimidada, Chihiro decide explorar por sua conta e risco a cidade que os circunda, mal sabendo ela que a sua vida mudaria drasticamente. Quando decide voltar para trás, apercebe-se de que algo estava muito errado com os seus pais, constatando que ambos se haveriam transformado em porcos. Completamente abandonada ao início, numa cidade repleta de espíritos, a única maneira de Chihiro se salvar a si mesma e aos pais passa por ter de trabalhar para a bruxa da cidade e, a partir daí, cavar os problemas até à solução.
O que diz a Lyne… Este filme foi-me, primeiramente apresentado, quando eu tinha apenas oito anos. Quem teve a proeza de o fazer foi a minha tia e, até hoje, agradeço-a por isso. Eu adoro esta animação. Pode dizer-se que é, com certeza, uma das minhas TOP5 da vida inteira. Para começar, toda a história que move este filme é bastante intrigante e misteriosa, o que acaba por captar a atenção de qualquer um. Assim como o ritmo que acaba por ser alucinante, as personagens carismáticas e engraçadas dão um toque bastante dócil a tudo o que esta animação nos pode dar de presente. Ao início de toda a história, assistimos a uma rapariga de dez anos, mimada e que não sabe como lidar com os problemas mas que, com o tempo, se vai transformando em alguém completamente diferente, mais madura. Esta é uma das histórias que sabem bem como mostrar o poder que o amor pode carregar, quando nos vemos numa situação extremamente complicada, ao mesmo tempo em que nos encontramos sozinhos. Este não é apenas um filme que possamos ver enroscados numa manta e montes de chocolate. “A viagem de Chihiro” é um momento de reflexão, diversão e aprendizagem. Se quiserem passar bons tempos, vejam este filme!
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Sinopse: Convencida de que a sua vida será passada na chapelaria da família, Sophie não mostra sinais de ter qualquer tipo de ambições para o futuro. Um dia, quando decide fazer uma visita à sua irmã, a jovem é importunada por oficiais do exército, mas é salva por um jovem bastante bonito e carismático… O mesmo que todas desejam e que contém um atributo que o torna diferente: ele é feiticeiro e chama-se Howl. Essa sua salvação acaba por chamar a atenção à Bruxa do Nada, uma mulher gananciosa e apaixonada por Howl, que acaba por lançar o “feitiço da velhice” sobre Sophie. Sem saber o que fazer, a recente idosa arruma um par de coisas e vai em busca de uma solução para aquele feitiço, acabando por descobrir o castelo de Howl, abrigando-se. Por lá, conhece Calficer, aquele que coordena todo o castelo e com o qual Sophie está disposta a fazer um acordo para se livrar do seu feitiço. Quando a “família” começa a aproximar-se, uma história de amor vai florescendo, dando a conhecer o que é necessário para que, tanto Sophie como Howl, se vejam livres dos feitiços das suas vidas, fazendo frente a tudo e a todos…
O que diz a Lyne… Abençoados sejam a minha tia, a Diana Wynne Jones e o Hayao Miyazaki. Se vocês ficaram com a impressão de que eu adorava a “Viagem de Chihiro”, então digo-vos que eu sou completamente apaixonada por esta animação. E, só passados quase dez anos que conheço esta obra cinematográfica, que descobri que a mesma é uma adaptação!!! Fiquei super entusiasmada e com uma vontade surreal de adquirir os livros porque, para além de adorar ler, saber que poderei conhecer mais detalhadamente esta história até me dá arrepios… Mas passando ao filme.
Acredito que estas minhas sinopses possam parecer um pouco pobres (tive de resumir os resumos do wikipédia), mas a verdade é que esta animação tem tanto, mas tanto para dar! Tal como disse há pouco, os temas deste filme retratam coisas que acontecem no mundo, tal como a guerra, o abuso de poder, o amor inesperado, mas a maneira como são trabalhados atribuem bastantes pontos tanto ao produtor como ao resultado final. Aqui não existem falinhas mansas. Se existe guerra, ela é retratada tal como na realidade. Se existe perseguição, podem ter a certeza de que será apresentada. Se houverem possibilidades de existir um amor puro no meio disto tudo, então a Sophie e o Howl estarão cá para vos provar que tal pode acontecer. O feitiço lançado para cima desta jovem é a prova de que se mantivermos o coração puro e sem segundas intenções, as pessoas aceitar-nos-ão tal como somos e farão de tudo para nos ajudar… E o mesmo se passa com Howl. Um jovem feiticeiro que trabalha para o governo quando é requerido, mas que mesmo assim tenta fazer de tudo para se escapar, principalmente quando, também ele, é movido por um feitiço que jamais alguém teve a ousadia de decifrar, exetuando Sophie. Se tal como com a Chihiro, quiserem sentir o vosso coração a transbordar, aqui têm uma boa sugestão!
Já conheciam alguma destas animações? Se sim, qual a vossa favorita?
5 Comments
Jota
18 de Março, 2016 at 20:08Também vi "A Viagem de Chihiro" novinho, não sei ao certo que idade tinha, mas naquela altura achei o filme tão estranho e "macabro". Não é uma animação para qualquer idade, eu diria, portanto tenho a certeza que hoje, se visse o filme pela primeira vez, ia amá-lo e vê-lo com outros olhos. Na altura, como era criança, não vi toda a complexidade da história. Dessa forma, fiquei com muuuita vontade de recordar o filme. Vou vê-lo assim que tiver disposição 😀
Carolayne R.
18 de Março, 2016 at 21:07Desde que descobri estes dois filmes, que já os repeti milhares e milhares de vezes. Nunca me canso, a cada revisão deparo-me com pormenores novos e até mesmo a forma de interpretar as histórias diverge. E penso que isto acontece com todos aqueles que amam estas animações!
Inês
19 de Março, 2016 at 0:12Quando era miúda adorava a bruxa Kiki, que tinha um vestido preto e um enorme laço vermelho na cabeça. Não sei se alguma vez o chegaste a ver mas, se puderes, vê porque é do mais adorável que possa existir! 🙂
Carolayne R.
19 de Março, 2016 at 1:07Nunca ouvi falar, mas está apontada a sugestão! 😀
Tânia Gil
22 de Março, 2016 at 15:24Tinha também uns oito anos quando assisti à Viagem de Chihiro e confesso que não o consegui interpretar da mesma forma que tu. Achei o filme um bocado esquisito e até sinistro, acho que não percebi a história na altura, nem o considerei um bom filme para crianças. Agora depois de ler a tua opinião sobre a história fiquei com vontade de o rever e de fazer uma nova interpretação do mesmo.