QUARTO ANIVERSÁRIO DO BLOGUE E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Embora seja raro, este ano não estou muito inclinada para celebrações. A prova que melhor casa com estas minhas palavras é o facto de eu não ter escrito, sequer, um texto para o meu aniversário, que aconteceu no dia dez de Junho. Não sei explicar ao certo o que é que me aconteceu, mas também não me quero obrigar a tal, conhecendo-me como me conheço. Apesar de todas as vertentes desta questão, não quis, de maneira alguma, falhar para com o hábito de tecer umas quantas considerações acerca do meu percurso pela blogosfera, concluindo, então, aquele que é o quarto aniversário do blogue. 

Já aconteceu tanta coisa por aqui: este espaço já mudou de nome imensas vezes e, de vestimenra, nem se fala. Já o aconcheguei em diversas plataformas, tendo acabado por regressar para aquela em que estou atualmente. Quando comecei tudo isto, jamais me passaria pela cabeça a possibilidade de investir num domínio próprio e, tendo em conta os últimos acontecimentos da minha vida, posso então afirmar que, em breve, apostarei nessa possibilidade e, quiçá, dar seguimento a tantas outras ideias que conservo carinhosamente dentro de mim.

Não me canso de dizer o quão fulcral foi ter criado um blogue:

O meu objetivo, desde início, foi o de treinar a minha escrita, conhecer novos universos, debitar acerca de tudo e mais alguma coisa e, acima de tudo, crescer gradualmente e sempre de curiosidade aguçada.  Para além destes presentes, tantos mais surtem o seu efeito no meu quotidiano e eu não me poderia sentir mais orgulhosa, babada e em paz comigo mesma. Foi um risco que corri, dentro da minha zona de conforto, no entanto, ter vindo a extrapolar as minhas capacidades, as minhas ideias, a minha presença… Nem me expressar em condições consigo.

O “Livros da Meia Noite”, “A vida de Lyne”, o “Lyne”, o “imperium”, todas estas versões de mim mesma nunca falharam para comigo, nunca deixaram de conter o que melhor tenho para oferecer ao mundo, não obstante as vezes em que uma voz me sussurra, em negação, da existência delas.  Uma das lições que melhor retenho é o facto de eu não ser obrigada a cumprir com um calendário, com horários, com todo um conjunto de regras e obrigações, isto se eu quiser que o blogue e a interação que lhe é inerente funcione.

E, reforço, falo por mim.

Detesto ter de desempenhar atividades de que gosto por obrigação e ser demasiado dura comigo mesma é o que, muitas das vezes, me afasta daqui e dos meus. E eu, obviamente, não sou grande apreciadora desses momentos de auto-exclusão e punição, logo, faço por aceitar toda a corrente de pensamentos menos bons, abraço-os com toda a minha força e converto-os em algo positivo, num produto luminoso e significativo.  A maneira como eu levo, encaro e falo sobre a vida, coincide com a postura que eu adoto de cada vez em que me sento para produzir para o blogue.

O que importa, para mim, é nunca fugir à minha essência, seja ela qual for aos vossos olhos. Aos meus, essa essência não tem nome, corpo, nem tão pouco é estática; ela é plural, mutável e adequa-se aos momentos. É exatamente assim que eu me sinto, tal como muitos, no que toca ao meu papel enquanto blogger: uma pessoa que está disposta a experimentar, a aprender e a viver com o máximo empenho. Em quatro anos, fui aperfeiçoando esta visão, assim como a predisposição em aplicar cada lição que fui armazenando no meu coração, sem nunca temer errar.   

Como tenho vindo a partilhar, a vida é um processo e nada como nos abrirmos a ela, nada como nos tornarmos, de quando em vez, vulneráveis a ela.

Um corpo rígido está mais propenso a partir, portanto, porque não aprendermos a ser maleáveis? Não sei até que ponto é que este texto de blogversário ficou coerente, porventura, veio de onde tantos outros vieram! Só me resta, então agradecer pela vossa visita, pelo feedback, pelas partilhas e menções; por todas as pessoas que já tive o prazer de conhecer e travar amizades! Enquanto público, amig@s e pessoas, vocês são maravilhos@s! Siga para o quinto aniversário do imperium? ♥