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BOX-OFFICE \ “AMERICAN PSYCHO” (2000)

16 de Abril, 2019
Ainda ontem, disse a uma colega da minha turma: tudo o que acontece comigo roça a improbabilidade de ser, de tão estranho e bizarro. Isto, porque, faz semanas em que nos temos encontrado no autocarro, a caminho da faculdade, sem sequer combinarmos e ela afirmar que nunca antes lhe tinha sucedido isto. Fazendo agora a analogia, sempre que fico vidrada no trabalho de um artista, seja qual for o seu campo de ação, a minha tendência é a de pesquisar toda a sua cronologia profissional e mergulhar em cada uma das suas obras. Muito disto se sucede, principalmente, no mundo cinematográfico. 
A vítima, digamos, desta minha admiração mais recente, recai sobre Christian Bale, muito conhecido pela sua interpretação enquanto Batman, ao lado de Heath Ledger, enquanto Joker. Aliás, foi há dois domingos, após ter terminado a sessão de estudos, que me decidi sentar no sofá, como há muito não fazia, e me permitir a um momento de relaxamento. No canal Hollywood, passava aquela que me parecia a sequela de algo e, eis que, sem pensar muito, abri a Netflix e me coloquei a explorar as possibilidades. Terminei a trilogia d’O Cavaleiro das Trevas, extasiada e de olhos a brilhar, perante a performance de Chris Bale e que me fez recordar tantas outras que não me eram, totalmente, desconhecidas. 
FONTE: POSTER SPY
Aquela que, dentre muitas, se destacou e me aliciou, foi “American Psycho”, que por muitos meses, existia no catálogo da Netflix, mas que, por alguma qualquer eventualidade, foi tirada do ar. Isso, pois claro, não foi motivo para me demover de procurar por uma solução: na quinta-feira passada, de postura traiçoeiramente descontraída, explorei aquele que, até ao momento, é um dos trabalhos mais notáveis de Bale, demonstrando a sua perícia em conjugar diversas personalidades numa só, enquanto psicopata. Confesso: Bale interpreta tão bem Patrick Bateman, que não me senti capaz de conter o riso de cada vez que ele colocava em prática o seu sarcasmo e ironia, ao mesmo tempo em que me atirava à cara um leque de críticas à sociedade.
Embora não seja americana, não fiquei indiferente aos pequenos avisos incrustados nos detalhes das cenas, das falas e dos silêncios. “American Psycho”, para mim, simboliza uma espécie de caso de estudo, por nos entregar características de um ser egocêntrico, narcisista, invejoso, problemático, um aglomerado de detalhes que, bem escavados, têm as suas explicações nas arestas exteriores que os circundam. É, ao fim e ao cabo, um reflexo do quão disfuncionais são as nossas relações com os demais e de quais as influências de vivermos num ambiente tóxico, capitalista e consumista, no seio das grandes elites. Gostei tanto do filme que, ainda sem saber quando, o verei novamente, para tirar notas! Se desconheciam, até ao momento, deste título, fica aqui a recomendação!
Conheciam este filme? Ficaram curios@s? ♥
  • Reply
    Andreia Morais
    16 de Abril, 2019 at 19:10

    Quando um artista me chama à atenção, acabo por também fazer essa pesquisa mais aprofundada. O que é sempre curioso, até para ter noção da evolução 🙂
    Já tinha ouvido falar do filme, mas nunca o vi

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